O suspeito de ter estuprado uma adolescente de 16 anos no dia 12 de outubro, no Gasômetro, em Porto Alegre, teve a prisão preventiva decretada na terça-feira. A Justiça acatou o pedido do Ministério Público, que pediu a reclusão do homem preso em flagrante com base em laudos periciais e declarações da vítima.

O pedido foi analisado pelo juiz Paulo Augusto Oliveira Irion, que atua na 6ª Vara Criminal, mesmo magistrado responsável por conceder a liberdade ao suspeito após a prisão em flagrante. Conforme a assessoria do juiz, a decisão que impôs medidas alternativas à prisão do suspeito foi alterada devido aos laudos periciais que comprovam o crime e às declarações da vítima, anexadas ao recurso do MP. Tais provas, conforme a Justiça, não constavam nos autos da prisão em flagrante.

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Os documentos que comprovam o crime e a gravidade do delito, conforme o juiz, superam a circunstância do suspeito ser o réu primário, sem antecedentes criminais, principal fundamento para a soltura. A defesa do suspeito pode recorrer da decisão.

O segundo suspeito preso em flagrante no dia do crime deve permanecer preso até o julgamento, por já ter sido condenado por roubo com tentativa de estupro.

Moradores de rua ajudaram a socorrer vítima

Foi graças a três moradores de rua que a polícia conseguiu prender os dois suspeitos de terem estuprado a adolescente. Ao ouvir os gritos da vítima, dois foram tentar socorrer a garota, enquanto o outro correu ao Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca) para chamar a polícia. O crime aconteceu próximo ao Anfiteatro Pôr do Sol, por volta das 23h30min do dia 12 de outubro.

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A adolescente teria sido abusada sexualmente e agredida pelos homens. Após o crime, ela foi encaminhada ao hospital Fêmina, onde permaneceu dois dias internada. Segundo a família, ela não lembra do crime.