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Inusitado

Facebook ajuda a desvendar assassinato em Santa Maria

Delegado recebeu perfil e senha usada em conversas com o suspeito por baixo da porta

13/11/2014 - 15h17min

Atualizada em: 13/11/2014 - 15h17min


Ronald Mendes / Agencia RBS
crime ocorreu em fevereiro em frente a uma lancheria

Depois de pouco mais de oito meses de investigação da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Santa Maria, foi preso na manhã desta quinta-feira um homem de 20 anos que é o principal suspeito de ter cometido o 13º homicídio do ano na cidade.

Daniel Moraes de Vargas, 20 anos, foi preso preventivamente como suspeito de ter matado Flammarion Alves Maciel, 49 anos. Maciel foi alvejado a tiros em frente ao X Patronato, nas esquina das avenidas Walter Jobim com a Maurício Sirotsky Sobrinho, por volta das 6h do dia 15 de fevereiro. A vítima foi atingida por dois tiros, um na cabeça e outro no ombro.

:: Como foi a conversa no Facebook que ajudou a identificar suspeito de assassinato

O inusitado da investigação é que o Facebook foi essencial para que a polícia conseguisse chegar até o suspeito. Em setembro, o delegado André Diefenbach recebeu por baixo da porta da delegacia um bilhete que dizia que, se quisesse desvendar o assassinato, deveria usar um determinado perfil e senha para ter acesso a conversas com Vargas e um irmão dele.

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O delegado pediu autorização judicial, acessou a conta e teve acesso a cerca de um mês de conversas entre a mulher do perfil, que ele acredita ser falso, e o suspeito. Em uma das conversas, o homem conta que matou Maciel porque ele tinha dado uma facada em seu irmão. O irmão confirma para a mulher que recebeu a facada.

- Os dois (a mulher e o suspeito) pareciam ter um relacionamento virtual. Na delegacia, ele só confirmou que o perfil era dele, mas negou a autoria do crime. Depois, optou por não falar mais com a polícia. O irmão disse que quem desferiu a facada nele foi outra pessoa - conta Diefenbach.

Além do Facebook, houve denúncias de testemunhas e foram usadas imagens de câmeras públicas de monitoramento. As imagens não mostram o momento do assassinato, apenas a chegada e a saída de um Gol branco, uma pessoa que parece buscar algo no carro, o movimento no estabelecimento comercial e, depois, o carro saindo apressadamente.


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