Geral e Polícia



Na Justiça Militar Federal

Soldado teria matado o colega porque ele teria negado um cigarro

Raziel dos Santos, 18 anos, atirou contra Roger Lazaretti Rodrigues no dia 6 deste mês

18/11/2014 - 15h01min

Atualizada em: 18/11/2014 - 15h01min


Ronald Mendes / RBS

O soldado Raziel dos Santos, 18 anos, teria matado o colega Roger Lazaretti Rodrigues, da mesma idade, por causa de um cigarro, diz a denúncia do Ministério Público Militar. Santos responde processo por homicídio doloso qualificado por motivo fútil, por dificultar a defesa da vítima e por estar em serviço e utilizar-se disso no momento do crime.

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Ambos os jovens cumpriam serviço militar obrigatório no Regimento Mallet, em Santa Maria, desde março deste ano. Eles faziam trabalho de sentinelas, guardas no quartel. Conforme a denúncia, no dia 6 deste mês, Santos teria entrado de serviço, por volta das 10h30min, pego o armamento no Corpo da Guarda _ os militares usam armas e munição real para a atividade _ e ido até o alojamento onde Rodrigues se preparava para ir embora _ ele estava saindo de serviço.

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Ainda segundo a denúncia, Santos teria se aproximado e pedido um cigarro a Rodrigues, que teria negado. Santos teria insistido e, diante de nova negativa do colega, Santos teria destravado o fuzil e atirado contra a cabeça de Rodrigues.

A denúncia do Ministério Público Militar teve como base procedimento realizado pelo Exército, que ouviu três testemunhas que presenciaram o fato, além do próprio autor do disparo.

Na manhã desta terça-feira, o juiz auditor Celso Celidonio, da 3ª Auditoria Militar Federal em Santa Maria, aceitou a denúncia e decretou a prisão preventiva do réu, que cumpria prisão em flagrante desde o dia do fato em uma unidade militar da cidade. O local não é divulgado pela Justiça Militar Federal.

A partir de agora, Santos passa a responder processo criminal na Justiça Militar Federal por homicídio doloso (quando há a intenção de matar) triplamente qualificado.

Santos é defendido por advogado da Defensoria Pública da União, que já encaminhou pedido de liberdade provisória. A solicitação será analisada no dia 15 de dezembro, quando ocorre a primeira audiência do caso. Neste mesmo dia, o réu será interrogado.

No total, são três audiências: a primeira é de interrogatório, a segunda, é na qual serão ouvidas cinco testemunhas de acusação, e a terceira, quando falarão as testemunhas indicadas pela defesa. A quarta fase é de alegações escritas, e a quinta, o julgamento, que é feito pelo Conselho de Justiça, composto por um juiz concursado e quatro juízes militares.


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