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Operação Spy

Criminosos invadem sistema de telefonia e montam call center fictício em Porto Alegre

São cumpridos mandados na Capital, em Gravataí, Cachoeirinha e Goiânia

16/12/2014 - 08h59min

Atualizada em: 16/12/2014 - 08h59min


Cid Martins
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Ronaldo Bernardi / Agencia RBS

O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) realizou, na manhã desta terça-feira, uma operação policial para desarticular esquema criminoso que invadiu o sistema de informática de uma empresa de telefonia para desvio de dinheiro, que acaba também lesando clientes. As informações são da Rádio Gaúcha.

A delegada Sílvia Coccaro de Souza comanda 40 agentes, com a participação de técnicos em telecomunicações, em Porto Alegre, Gravataí, Cachoeirinha e Goiânia (GO) - são cumpridos nove mandados judiciais de busca e apreensão. Os suspeitos chegaram a montar uma espécie de "call center" fictício para atender a usuários.

Investigação

A delegada Sílvia destaca que está ocorrendo uma ação dos chamados "crackers", indivíduos que praticam a quebra (ou cracking) de um sistema de segurança de forma ilegal ou sem ética e desviam valores milionários em todo o Brasil. No Rio Grande do Sul, foi descoberto que uma parte desses criminosos montou em Cachoeirinha uma espécie de "call center", que na manhã desta terça-feira foi invadido pelos agentes e teve documentos, CPUs e diversos materiais apreendidos. Não houve cumprimento de mandado de prisão.

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Foto: Ronaldo Bernardi/Agência RBS

O local é uma empresa de fachada que atende a supostos usuários, inserindo créditos, autorizando débitos, oferecendo serviços, entre outras questões investigadas. Sistema semelhante foi descoberto também em Goiás, diz a polícia.

Para a polícia, esses suspeitos se utilizam de informações privilegiadas, invadem o sistema de segurança da empresa de telefonia através da implantação de softwares espiões (chamados de spywares) e subtraem vários cadastros do banco de dados da companhia, transferindo todas as informações sigilosas possíveis para eles. Nas investigações da Operação Spy, foram identificados os endereços IPs dos respectivos fraudadores, as empresas que já atuaram como terceirizadas da concessionária de telefonia e o levantamento dos responsáveis técnicos pela área.

- São senhas roubadas de funcionários e contas de clientes invadidas. Estes acabam sendo lesados pois tem dados secretos divulgados, recebem propostas de serviços que não existem e ainda têm a possibilidade de ficarem inadimplentes perante serviços oferecidos que não existem - afirma Sílvia Coccaro de Souza, acrescentando que os desvios são de, pelo menos, R$ 4 milhões.

*Rádio Gaúcha


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