Polícia



Violência infantil

Pai teria jogado bebê de sete meses contra a parede na Restinga

Criança não sofreu fraturas mas ficou com marcas roxas no rosto. Menina e irmã de 3 anos foram retiradas dos pais pelo conselho tutelar

09/12/2014 - 17h44min

Atualizada em: 09/12/2014 - 17h44min


Cristiane Bazilio
Cristiane Bazilio
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Um bebê de sete meses teria sido arremessado contra a parede pelo próprio pai, durante uma crise de fúria, domingo, no Bairro Restinga, em Porto Alegre. A menina foi levada ao Hospital da Restinga, onde passou por exames que não constataram fraturas, apenas lesões, especialmente no rosto, que ficou com diversas marcas roxas. O caso foi registrado na 16ª DP e, posteriormente, encaminhado à Delegacia Para a Criança e Adolescente Vítima. O agressor não foi preso.

- Não houve flagrante, apenas relatos de vizinhos informando que ela havia sido arremessada contra a parede, por isso, ele foi liberado. Mas ele deve responder por lesão corporal e maus-tratos. O pai ficou bastante alterado na hora do registro da ocorrência - afirma a titular da 16ª DP, Shana Hartz.

Segundo a delegada, testemunhas relataram à polícia que a mãe da criança é usuária de drogas, se prostitui e está sumida há uma semana. A menina e a irmã, de 3 anos, foram retiradas dos pais pelo conselho tutelar e encaminhadas a um abrigo. Conforme o conselheiro da região, Nelson da Silva, são muitas as denúncias a respeito das negligência dos pais com a filhas.

- A mãe sai para se prostituir e deixa as crianças sozinhas em casa. Elas são mal alimentadas, passam fome e não recebem cuidados. No domingo, a menor chorava muito, ele ficou muito irritado, puxou ela pela perninha e arremessou - relata o conselheiro.

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O conselho tutelar está em contato com familiares das crianças que possam ficar com a guarda das meninas.

- Uma tia teria interesse apenas no bebê, mas não separaremos as irmãs. Se nenhum parente ficar com as duas, elas podem permanecer por até dois anos no abrigo e, depois, serão encaminhadas para adoção - explicou Nelson.

Segundo a polícia, o pai das meninas tem antecedentes por roubo, furto e ameaça. Em 2003, teria se envolvido em outro caso de agressão a uma terceira filha, de 7 anos, fruto de outro relacionamento.


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