Polícia



Tiroteio no Sarandi

Polícia não acredita em briga entre gangues na quadra de esportes

Delegado discorda do pai da vítima e afirma que atirador procurava uma única pessoa

05/12/2014 - 15h44min

Atualizada em: 05/12/2014 - 15h44min


Cristiane Bazilio
Cristiane Bazilio
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Cristiane Bazilio / Diário Gaúcho
Pelo menos 20 tiros foram disparados na quadra de esportes. Marcas feitas pela perícia indicam locais onde foram encontrados cartuchos de bala

A polícia já viu as imagens das câmeras de segurança da quadra de esportes onde um tiroteio matou Maurício Francioni Whahlbrink, de 28 anos, e feriu outras dez pessoas na noite de ontem, no Bairro Sarandi. Segundo o delegado João Paulo de Abreu, da 3ª DHPP, nas imagens, é possível ver três indivíduos chegando ao local, mas apenas um efetuando os disparos.

- Fica bem claro que ele visa acertar alguém, que ainda não sabemos quem é. Ele entra bastante nervoso, possivelmente pela quantidade de gente no local, olha com receio e sai disparando a esmo. Ele está a cerca de 10 metros de onde estão as pessoas, não tinha condições plenas de acertar uma pessoa exatamente. A maioria das pessoas que foram atingidas acabaram sendo feridas pela dinâmica da situação - explica o delegado.

Para o policial, no entanto, não é possível falar em briga entre gangues rivais, uma vez que o alvo dos atiradores seria apenas uma pessoa.

- Não podemos falar em gangues, não tem nada até agora que justifique isso. Pode, sim, ser uma questão de rivalidade. Fica muito claro que eles procuravam por uma única pessoa, os feridos acabaram vítimas da circunstância que se estabeleceu lá dentro - concluiu.

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João Paulo também não descarta a possibilidade de ter havido reação por parte de alguém armado dentro da quadra. No local, foram recolhidos 23 estojos de pistola 9mm e outros cartuchos de .40.

- Ainda não é possível afimar com exatidão, mas a perícia deu conta, e as imagens parecem mostrar alguém reagindo, o que teria gerado um tiroteio - adianta.

Ainda conforme o delegado, a polícia trabalha para identificar testemunhas que possam revelar informações mais contundentes e precisas a cerca dos autores, motivação e sobre o alvo dos disparos.

- Queremos traçar um perfil social e psicológico das vítimas para identificar as suas relações e chegar a possíveis opositores daqueles que se encontravam lá dentro, para assim chegarmos ao alvo destes disparos e aos autores - afirmou o policial.

 


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