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Pedofilia em Caçapava do Sul

Prefeitura suspende atividades em abadia onde atuava ex-padre

Conhecido como dom Marcos de Santa Helena, religioso de 74 anos foi preso nesta terça-feira por suspeita de abusar de crianças e adolescentes

10/12/2014 - 16h13min

Atualizada em: 10/12/2014 - 16h13min


Ronaldo Bernardi / Agencia RBS

A prefeitura de Caçapava do Sul, na região central do Estado, decidiu, na tarde desta quarta-feira, cassar preventivamente a licença de funcionamento da abadia do ex-padre João Marcos Porto Maciel, 74 anos. Dom Marcos, como é conhecido, foi preso temporariamente nesta terça sob suspeita de abusar de crianças e adolescentes.

O pedido partiu do delegado Fabrício de Santis, da Polícia Civil local. O mosteiro foi fundado pelo religioso em 1997, em uma área rural da cidade, onde jovens carentes aprendem gratuitamente aulas de canto e a tocar instrumentos.

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Diante dos fatos, o prefeito Otomar Vivian (PP) se reuniu com secretários e a procuradoria jurídica, definindo a suspensão temporária da abadia, até que o caso seja esclarecido em processo judicial. O local será lacrado na quinta-feira, sendo permitido apenas para moradia.

Existem dois alvarás para o mosteiro, formado por uma capela para orações e uma área reservada com salas, alojamentos e dormitórios. O primeiro alvará está em nome do ex-padre e de outros três monges (dois deles ainda moram na abadia). O documento, datado em maio de 2011, refere-se a uma empresa limitada de ensino de música, artesanato e comércio varejista.

O segundo alvará, com data de outubro de 2011, é de funcionamento de atividade religiosa da congregação do ex-padre, a Ordem Santa Cecília, da qual Maciel se apresenta como arcebispo dom Marcos.

Abaixo, veja a reprodução dos alvarás:

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Veja imagens da prisão nesta terça-feira:

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