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Vergonha

Sargento é investigado por furto de cerveja em mercado

Levado à Polícia Civil por PMs, militar não foi afastado das atividades

12/12/2014 - 18h30min

Atualizada em: 12/12/2014 - 18h30min


O 11º BPM abriu procedimento administrativo para apurar a conduta de um sargento que, na noite de quarta-feira, teria participado de esquema para furtar cervejas de um supermercado na Zona Norte de Porto Alegre. Detido por policiais do 20º BPM e conduzido até a 3ª DPPA, ele foi ouvido pela delegada plantonista, que entendeu não existir motivos para prendê-lo em flagrante e o liberou, assim como uma possível comparsa dele. O caso começará a ser apurado segunda-feira na 18ª DP.

- Ele vai responder na esfera civil, pois trata-se de delito de natureza comum, praticado quando ele estava de folga e à paisana. Paralelamente, estamos analisando também. Se for verdade o relato, é uma conduta incompatível com a função dele - afirmou o comandante do batalhão, tenente-coronel Eduardo Biacche Rodrigues.

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O caso ocorreu por volta de quinta-feira em um mercado da Avenida Protásio Alves, na Vila Protásio Alves. Conforme depoimento de seguranças à Brigada, uma funcionária do caixa vinha sendo investigada por eles por estar de conluio com clientes que fraudavam o comércio. O sargento, segundo eles, também já estava sendo observado pelo mesmo motivo. Quando ele chegou, passou a ser discretamente monitorado. Quando chegou ao caixa, passou oito fardos de cerveja (48 unidades). A funcionária do caixa teria registrado apenas oito garrafas. O policial pegou as compras em dinheiro e, quando estava na porta do mercado, foi parado pelos seguranças, que acionaram o 190.

Policiais do 20º BPM, responsável pela área, chegaram e, só então, foi constatado tratar-se de um brigadiano. Ele e a funcionária foram conduzidos à 3ª DPPA. Conforme depoimento dos seguranças, a funcionária admitiu que "fazia o esquema" com alguns clientes, um deles o sargento. Já o suspeito negou e disse que iria pagar o restante das cervejas com cartão, por isso a conta teria sido dividida e gerado grande confusão.
O incidente foi gravado pelas câmeras de monitoramento, que serão entregues à 18ª DP e ao 11º BPM.

- À Brigada, cabe apurar dentro das normas militares e tomar as medidas cabíveis, o que pode chegar até a exclusão da corporação. Mas só houve um registro, é preciso cautela - lembrou o tenente-coronel.

Segundo o comandante, em depoimento informal no batalhão, o 3º sargento, que tem 53 anos de idade e 30 como PM, negou o crime. Ao menos até ontem, ele estava liberado para executar suas funções na Brigada Militar. Mas, conforme o coronel, à medida em que as investigações (da BM e da Polícia Civil) forem avançado, não está descartado seu afastamento.


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