Polícia



Região Metropolitana

Dois mortos e pelo menos 60 tiros em frente a uma escola de Canoas

12/01/2015 - 11h47min

Atualizada em: 12/01/2015 - 11h47min


Cristiane Bazilio
Cristiane Bazilio
Enviar E-mail

Não fossem as férias escolares, uma tragédia de grandes proporções poderia ter se abatido sobre uma escola do Bairro Mato Grande, em Canoas. Por volta das 7h30min desta segunda-feira, dois homens que trabalhavam em uma obra da Escola Municipal de Ensino Fundamental Rio Grande do Sul foram mortos a tiros em frente à instituição de ensino. Por sorte, não havia crianças circulando pelo local, pois os executores não pouparam munição: segundo estimativa da Brigada Militar, havia, no local, pelo menos 60 cápsulas de pistolas de calibres 9mm e .40.
Segundo a equipe de volantes da Polícia Civil, que esteve no local, testemunhas informaram terem visto três homens encapuzados efetuando os disparos contra os dois homens que estavam em um carro Megane de cor prata. Uma das vítimas já foi identificada. Trata-se de Roni Vaqueiro Pires, cuja idade não foi informada pela polícia. O segundo homem morto ainda não foi identificado, mas, segundo a polícia, seria irmão de Roni.

Leia mais notícias de polícia no Diário Gaúcho

Leia outras notícias do Diário Gaúcho


Conforme a vice-diretora, Valdete de Paula Soares dos Santos, a única pessoa que estava na escola na hora do crime era o vigilante, que presenciou a execução dos pedreiros, que começaram a trabalhar na escola havia uma semana. 
- Eles tinham vindo na segunda-feira passada e feito as estacas. Hoje começariam de fato a obra. Nosso vigilante estava descendo para abrir o portão para eles entrarem com o carro, quando viu os três homens encapuzados descerem de um veículo de cor prata e começarem a atirar. Foi praticamente em frente ao portão da escola. Graças a Deus não tinha alunos, porque poderiam ser atingidos pelos tiros - relatou Valdete, lembrando que a instituição atende a 800 crianças do ensino fundamental.

Ex-aluno faz diretora de escola refém em Canoas

Apesar de ser a primeira vez que um episódio desta natureza acontece no entorno escolar, a direção já teve de lidar com a violência dentro dos portões da escola. Em julho do ano passado, a diretora da instituição, Márcia Gorete da Silva Pinto, foi feita refém por um ex-aluno que invadiu o local.
Para a vice-diretora, o aumento da violência no Bairro Mato Grande é recente e está associada ao crescimento populacional da região. 
-  O bairro cresceu muito, e a violência está aumentando na mesma proporção. Antigamente, costumava ser uma região bem calma - compara Valdete.
O caso será investigado pela Delegacia de Homicídio de Canoas.

Curta a página do DG no Facebook


MAIS SOBRE

Últimas Notícias