Polícia



Porto Alegre

Dupla que ateou fogo em morador de rua no Bairro Cristal segue impune

Carlos Daniel Gonçalves dos Santos, 39 anos, segue internado na UTI do HPS

25/03/2015 - 07h08min

Atualizada em: 25/03/2015 - 07h08min


Depois de 25 dias, o morador de rua Carlos Daniel Gonçalves dos Santos, 39 anos, que teve fogo ateado ao seu corpo no Bairro Cristal, segue internado na UTI do HPS, em situação estável. Ele teve mais de 30% do corpo queimado. Agora, está em plena recuperação e já sem risco de morte, mas o caso parece distante de ter uma solução.

De acordo com a delegada Elisa Souza, da 6ª DHPP, ainda há poucos elementos que levem à identificação e à prisão dos suspeitos do crime. Denúncias chegaram a ser feitas, e a polícia fez investigações, mas, segundo a delegada, não foi solicitada a prisão de ninguém até o momento.

- Nós ainda estamos tentando entender como alguém foi capaz de fazer uma coisa dessas contra o Daniel. Ele era incapaz de fazer mal a alguém - diz o tio dele, Valter Marlom Gonçalves.

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Segundo ele, Carlos Daniel vive há cinco anos na rua por opção própria. Usuário de drogas, chegou a ser internado seis vezes para tratamento, mas não conseguia se livrar do vício.

- Ele considerava que estava sendo um estorvo para os parentes. Então, resolveu sair de casa, mas sempre tentei dar um apoio para ele - lembra Valter.

Carlos Daniel se instalou em um terreno baldio na Avenida Taquari e, desde então, virou uma espécie de "faz tudo" para os moradores de um condomínio próximo. Na tarde de sábado, dia 28 de fevereiro, ele prestava serviço carregando entulho para um vizinho em um carrinho de supermercado. Na esquina com a Avenida Capivari, acabou atingido por um Polo cinza. Com o morador de rua caído, o motorista fugiu do local.

Horas depois, dois homens voltaram à Avenida Taquari no mesmo carro. Carregavam um galão de gasolina e foram direto ao casebre de Carlos Daniel. Teriam ido cobrar R$ 200 dele pelo suposto estrago ao veículo. Depois de uma discussão, atearam fogo ao corpo do homem e fugiram.

O carro chegou a ser identificado por testemunhas, inclusive com o fornecimento da placa, mas a polícia afirma ainda não ter chegado ao suspeito.

*Diário Gaúcho


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