Polícia
Funcionário de shopping morre depois de ser baleado ao sair do trabalho na Capital
Dupla foi vista correndo em direção ao Parque Marinha do Brasil, mas conseguiu escapar
Um funcionário do Shopping Praia de Belas, em Porto Alegre, foi baleado durante uma tentativa de assalto depois de sair do trabalho, por volta das 22h15min deste sábado.
Luiz Fernando Santos Moura atravessava a faixa de segurança da Rua Cecília Meireles em direção à Praça Itália, no bairro Praia de Belas, quando foi abordado por dois homens. Moura teria resistido ao ataque, sendo alvejado com um tiro na cabeça. Ele foi levado ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde entrou às 23h10min, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no começo da madrugada deste domingo. Segundo o HPS, Moura tem 60 anos.
O horário de entrada no HPS confirma uma reclamação feita por pessoas que presenciaram o assalto: houve demora na chegada no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao local do crime. O atraso teria sido de 30 a 40 minutos. Marcela Flain, 33 anos, aguardava o marido, que também trabalha no shopping, quando ouviu o tiro que matou Moura. Ela telefonou para o Samu e relatou o que ouviu:
- A atendente disse que só a Brigada pode chamar. E que a Brigada tem que fazer a segurança do local do crime. Negar socorro é uma falta de respeito - afirmou Marcela.
Outra testemunha que demonstrava revolta com a demora era o supervisor de vendas Igor Heinrichs, 35 anos. Ele reclamou que a região está muito insegura, com assaltos constantes e nenhuma presença de policiais. Heinrichs presenciou a retirada do ferido do local.
- Cheguei cinco minutos depois do tiro. Ele ainda estava ofegante. Botaram-no na viatura da Brigada Militar, e o Samu chegou depois. Aí tiraram o cara da viatura e botaram na ambulância. O cara ficou meia hora ali, pode ter custado a vida dele - lamentou.
Os dois suspeitos foram vistos correndo e se embrenhando no Parque Marinha do Brasil, que, às escuras, facilitou a fuga. Um lojista de Esteio, de 30 anos, chegou a acompanhar de carro os fugitivos. Enquanto os seguia, tentava ligar para a Brigada Militar ou encontrar algum policial, mas não conseguia contato nem localizava nenhum PM:
- A sensação de estar ali, acompanhando os bandidos, tentando chamar a polícia e não poder fazer nada...é brabo.