Falta de vagas
Interdição do Central faz com que presos fiquem em delegacias
Desde a 1h desta quarta-feira, polícia diz que não tem para onde levar 17 criminosos detidos na Região Metropolitana
Todos os suspeitos detidos a partir da 1h da madrugada desta quarta-feira estão sendo mantidos nas delegacias da Região Metropolitana, em função da interdição provisória do Presídio Central. De acordo com a Justiça, a casa penitenciária não tem para onde levar novos condenados e, por isso, não está aceitando mais presos provisórios.
A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) disse à Rádio Gaúcha que o Central está recebendo presos até as 13h de hoje. A Susepe ainda afirmou desconhecer por que os presos não foram levados ao presídio. Apesar do impasse em relação ao horário, a falta de vagas preocupa a polícia.
Desativação do Presídio Central sofre revés
O inferno da superlotação no Presídio Central está de volta
Um levantamento feito pelo Departamento de Polícia Metropolitana (DPM) aponta que já são 17 suspeitos detidos que continuam nas delegacias. De acordo com o delegado Marcelo Moreira, são 10 presos em Porto Alegre, quatro na região de Canoas e três na região de Gravataí. Como a polícia não tem para onde levá-los, teve de providenciar refeições e acomodações. Além do problema da falta de espaço nos distritos policiais, o risco é que ocorra alguma liberdade provisória por falta de vagas. Neste caso, envolvendo apenas crimes menos graves.
Desativação do Presídio Central ainda está longe do fim
A decisão de interdição foi tomada pela Justiça porque o Central não tem mais condições de receber novos presos provisórios, já que a transferência para outras penitenciárias foi suspensa por causa da falta de vagas nas demais unidades. De acordo com a Justiça, a média é de 15 apenados condenados que deveriam ser transferidos por dia do Presídio Central para outras cadeias.
* Rádio Gaúcha