O vídeo gravado por detentos do Presídio Central de Porto Alegre, no qual são reveladas alianças do tráfico de drogas, é do conhecimento da direção da cadeia desde que o celular que o continha foi apreendido. Conforme o subdiretor, major Carlos Magno da Silva Viana, foi instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar que poderá resultar em punição aos envolvidos.

Na Polícia Civil, as imagens são analisadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e pelo Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc).

- Já identificamos praticamente todos no vídeo. Não vamos necessariamente ouvir eles, mas vamos intensificar nossa ação nos territórios que já sabemos serem os locais de ação desse grupo. A demonstração de poder pelo funk é simbólica, não quer dizer que realmente tenham todo esse poder de fogo, mas estamos atentos - explica o diretor do Denarc, Emerson Wendt.

De acordo com o delegado, nunca foi descartado pelo órgão que a apreensão de um arsenal em 13 de março na antiga Vila dos Papeleiros, em Porto Alegre, fosse da Vila Cruzeiro, pois é comum o empréstimo e aluguel de armamentos nesse meio:

- É possível que o vídeo tenha sido gravado até mesmo antes dessa e de outras ações do departamento.

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Já o diretor do DHPP, Paulo Grillo, diz que o vídeo significa "no mínimo, apologia ao crime".

- O que eles fazem é uma espécie de ameaça a seus rivais e demonstração do seu poder de fogo. Eles já foram presos e hoje estão sob a guarda das autoridades penitenciárias. Eles precisam sofrer algum tipo de procedimento dessas autoridades - ressalta Grillo.

*Diário Gaúcho