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Conheça as hipóteses investigadas na morte da menina Ana Clara, em Caxias

O novo depoimento da garota que acompanhava a vítima no dia do crime reforçou a tese de que o atirador teria tentado assaltá-la

30/07/2015 - 06h31min

Atualizada em: 30/07/2015 - 06h31min


Jonas Ramos / Agencia RBS
Duas semanas depois da morte de Ana Clara, polícia segue sem pistas

A Polícia Civil segue sem pistas sobre o que levou um homem ainda não identificado a atirar contra a menina Ana Clara Benin Adami, 11 anos, em Caxias do Sul. O crime que chocou a comunidade caxiense ocorreu há duas semanas. Por volta de 13h30min do dia 16 de julho, a menina e uma amiguinha caminhavam pela Rua Marcos Moreschi, a caminho da catequese, quando ocorreu o crime. A garotinha morreu no mesmo dia, no Hospital Geral.

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No início desta semana, um novo depoimento da garota que acompanhava Ana Clara reforçou a tese de que o atirador teria tentado assaltar a garota. A hipótese era pouco considerada no início das investigações.

Conheça as hipóteses investigadas

Homicídio
:: O atirador não fez qualquer anúncio de assalto ou tentou agarrar os pertences das duas garotas. Houve o tiro e ele saiu correndo.

Latrocínio
:: Não há aparente motivação para o crime e o atirador podia visar os pertences pessoais, como as mochilas e os celulares das garotas
:: O tiro foi dado pelas costas. O disparo pegou na região lombar, à esquerda, atravessou o corpo e saiu pelo abdômen. Geralmente, em casos de homicídio, os tiros são dados pela frente da vítima, na região do tórax, para atingir os órgãos vitais. Pelas costas, se a intenção era matar, o alvo seria acima da região lombar

O que já foi respondido
:: Supostas ameaças em redes sociais têm ligação com o crime?
A princípio não. Amigos chegaram a relatar em depoimentos as supostas ameaças, mas as informações eram vagas. A análise do celular e das redes sociais de Ana Clara não mostrou nada. A menina apontada como autora da ameaça negou qualquer desentendimento e disse que as duas eram amigas.

O que precisa ser respondido:
:: Quem é o atirador?
Até agora, sabe-se apenas que ele vestia uma jaqueta cinza-escuro com listras azuis, era moreno claro, cabelo curto, tinha 1,75m e  aparentava ter 20 anos.
 
:: Por que ele matou?
A motivação do crime não foi esclarecida. Segundo o relato da menina que acompanhava Ana Clara, elas não falaram com o atirador e nada foi roubado.
 
:: O assassino teve apoio de outras pessoas?
Talvez. Depois do crime, ele foi visto correndo pela Rua Luigi Rossetti, no fundos da Igreja do Pio X. O local é pouco movimentado. No mesmo momento em que o criminoso correu em direção a Rua João Triches, testemunhas apenas ouviram o barulho do motor de uma moto. Câmeras de segurança no trajeto da fuga não captaram cenas do crime ou do assassino. Relatos também aponta outro homem correndo em direção oposta, no sentido da Rua Moreira César, mas não está confirmada se ele teria relação com o crime.
 
:: O assassino seguia a vítima?
Não se sabe. A testemunha percebeu o homem na esquina da Rua José Eberle com a Tupi, próximo de onde encontrou Ana Clara. O tiro ocorreu na Rua Marcos Moreschi

Como foi o crime*

:: Ana Clara saiu de casa, no bairro Pio X, para participar do último encontro de catequese na paróquia do Pio X. Os encontros seria interrompidos até o mês de agosto. A garota percorreu a Rua José Eberle e parou num salão de beleza na esquina com a Rua Balduíno D'Arrigo, onde a mãe é cliente.
 
:: Pela janela, a menina falou com a mãe e se despediu com um beijo. A estudante seguiu a pé pela José Eberle, e três quadras adiante, na esquina com a Rua Tupi, encontrou uma colega de catequese.
 
:: As duas garotas caminhavam  juntas pela Rua Marcos Moreschi, que é um prolongamento da José Eberle. Ana Clara estava com uma mochila e a amiga com uma bolsa no ombro. As duas estavam na calçada: Ana Clara ao lado da via pública e a amiga ao lado do muro das casas. 
 
Primeira versão apresentada pela testemunha
 
:: Em seguida, um rapaz moreno, que vestia moletom cinza escuro com listras azuis, se aproximou. O criminoso estaria atrás das meninas, avançou na frente, olhou para trás e atirou contra Ana Clara de uma distância curta. O ataque ocorreu quase na esquina da Rua Campo dos Bugres, em frente à igreja Pio X.
 
:: Depois do disparo, o criminoso correu uma quadra pela Rua Campo dos Bugres, e dobrou na esquina da Rua Luigi Rossetti, nos fundos da igreja, onde não foi mais visto. Enquanto esperava pelo socorro deitada na calçada, Ana Clara disse a populares que saberia reconhecer o rosto do atirador.  A estudante morreu horas depois no Hospital Geral.
 
Segunda versão, no local do crime
 
:: O criminoso atirou quando estava atrás das meninas. Só então a amiga viu o atirador ultrapassá-las e sair correndo em direção à Rua Campo dos Bugres. A menina não viu o momento do tiro, que atingiu as costas de Ana Clara.   O ataque ocorreu quase na esquina da Rua Campo dos Bugres, em frente à igreja Pio X.
 
:: Depois do disparo, o criminoso correu uma quadra pela Rua Campo dos Bugres, e dobrou na esquina da Rua Luigi Rossetti, nos fundos da igreja, onde não foi mais visto. Enquanto esperava pelo socorro deitada na calçada, Ana Clara disse a populares que saberia reconhecer o rosto do atirador.  A estudante morreu horas depois no Hospital Geral.




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