O líder de uma quadrilha suspeita de 20 homicídios foi preso na madrugada de sexta-feira, em uma operação da 5ª DHPP, no Bairro Passo das Pedras, na Zona Norte da Capital.

Tarcísio dos Santos Mota, o Veio Ciro, de acordo com a polícia, está sendo investigado nos 11 inquéritos sobre essas 20 mortes e tem antecedentes criminais por homicídio, tráfico de drogas, sequestro, roubo e porte ilegal de armas.

A operação Petra tinha como objetivo o cumprimento de mandado judicial de busca e apreensão e de três mandados de prisão. Entre as quais, a de Veio Ciro. Porém, de acordo com o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, delegado Paulo Rogério Grillo, houve vazamento da informação, possivelmente na véspera.

- Tivemos muitos indícios de que as informações sobre a operação vazaram. Com isso, as armas não estavam no local onde eram escondidas. E dois homens contra os quais havia mandados de prisão não foram encontrados. Mas o principal êxito da operação foi a prisão do líder da quadrilha - explicou o delegado.

De acordo com a titular da 5ª DHPP, delegada Jeiselaure Rocha de Souza, Veio Ciro possivelmente recebeu a informação pela metade: com o vazamento, ele teria ficado sabendo que seria cumprido o mandado de busca e apreensão, mas desconhecia o fato de que a Justiça havia expedido um mandado de prisão contra ele.

- Visivelmente mexeram no tonel em que eram guardadas as armas e que estava escondido em um matagal. As armas foram distribuídas ao grupo - contou a delegada.

Os 20 homicídios atribuídos à quadrilha liderada por Veio Ciro estão distribuídos em
11 inquéritos em andamento na 5ª DHPP. Incluem as mortes de integrantes do próprio bando que teriam traído o líder. Veio Ciro, de acordo com a polícia, vinha utilizando dois adolescentes de 14 anos para praticarem as execuções.

A dupla considerada foragida, pois não foi encontrada durante a operação, nesta sexta-feira, foi identificada como Patrick Estevam da Silva e Juliano Miqueias do Rozario. Qualquer informação sobre o paradeiro deles (veja as fotos abaixo) pode ser dada pelo número 0800-6420121. A ligação é gratuita e a polícia garante o anonimato do informante.

Patrick e Juliano estão foragidos
Foto: Divulgação/Polícia Civil