Notícias



Sentença

Chefe de furto ao Banco Central é condenado a 80 anos de prisão

Alemão, que liderava quadrilha, responde por formação de quadrilha, uso de documento falso e lavagem de dinheiro

25/08/2015 - 20h24min

Atualizada em: 25/08/2015 - 20h24min


Tuno Vieira / Agência Globo
Bandidos cavaram túnel de 75 metros e tiveram acesso ao cofre do banco

O juiz da 11ª Vara da Justiça Federal no Ceará, Danilo Fontenelle Sampaio, condenou por lavagem de dinheiro 11 pessoas envolvidas no furto ao Banco Central de Fortaleza, em agosto de 2005. Entre os condenados, Antônio Jussivan Alves do Santos, o Alemão, líder da quadrilha que planejou e executou o assalto. A sentença foi publicada na segunda-feira no site da Justiça Federal.

Alemão foi condenado a 80 anos de prisão em regime fechado pelo crime de lavagem de dinheiro. Ele já cumpre pena de 35 anos por furto, formação de quadrilha e uso de documento falso.

Leia as últimas notícias de Zero Hora

De acordo com a investigação da Polícia Federal (PF), Alemão comprou diversos bens em nome de laranjas, com apoio dos 10 réus julgados no processo. Segundo a PF, Alemão "lavou" dinheiro em Mato Grosso do Sul, Goiás e no Distrito Federal, onde foi preso em 2008, após ficar três anos foragido.

Entre os bens do líder do grupo estão casas - incluindo um imóvel em sua cidade natal, Boa Viagem, no interior do Ceará -, fazendas e postos de combustíveis, além de carros, motocicletas e uma lancha.

Crime já resultou em 28 ações penais

Com a sentença, resta apenas um processo para ser julgado, também por lavagem de dinheiro. O crime, considerado o maior furto a um banco no país, já resultou em 28 ações penais, envolvendo 133 réus.

Suspeito de furto ao Banco Central é preso e diz ter gasto R$ 5 milhões

Para o assalto, os integrantes da quadrilha cavaram um túnel de cerca de 75 metros entre uma casa alugada em uma rua nos fundos do banco, onde o grupo montou uma empresa de fachada, e o caixa-forte.

Foram levados mais de R$ 164 milhões em cédulas de R$ 50. As notas haviam sido recolhidas para verificação do estado de conservação. Até agora, foram recuperados cerca de R$ 20 milhões. Outros R$ 10 milhões são resultado de leilões dos bens apreendidos.

*Agência Brasil


MAIS SOBRE

Últimas Notícias