Segurança pública
BM reforça policiamento com 150 homens e posto da Cruzeiro é reaberto
Operação especial na região ocorre após tiroteio que matou um homem e queima de ônibus
O Pronto-Atendimento da Vila Cruzeiro reabriu às 7h50min desta segunda-feira, após a Brigada Militar (BM) reforçar o policiamento na região com 150 homens do Batalhão de Operações Especiais (BOE). A unidade estava fechada desde sexta, quando um tiroteio matou um homem e deixou sete feridos e um ônibus foi incendiado na área.
O posto deveria voltar a funcionar às 7h, mas, por conta da dificuldade de transporte de parte dos funcionários, a reabertura atrasou. No início da manhã, a rota de seis linhas de ônibus que circulam na Cruzeiro foram desviadas por medo de insegurança.
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Devido à ausência de parte dos servidores, o secretário da Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter, informou que o funcionamento da unidade é restrito e que uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) faria o deslocamento de pacientes para outras instituições. Doze médicos trabalham por plantão na unidade, e cinco apareceram nesta manhã. Cerca de 150 pessoas esperavam atendimento na fila por volta das 7h30min.
- Tenho certeza que os médicos não querem deixar de trabalhar. O que eles querem é segurança, e a segurança está garantida. Faço um apelo para que venham trabalhar. Não podemos penalizar a população duas vezes, pela falta de segurança e pela falta de saúde - apontou o secretário.
Normalmente, o policiamento ocorre na Cruzeiro com 10 homens divididos entre dois postos e duas viaturas. Nesta segunda-feira, além dos 150 extras enviados à região, há seis viaturas a mais, a área é monitorada por helicóptero da BM e um posto policial móvel foi montado.
- A BM montou uma operação em todo o complexo da Vila Cruzeiro para reestabelecer a ordem e a tranquilidade da região, buscando identificar e prender criminosos e apreender armas e drogas. Vamos permanecer com grande efetivo 24 horas por dia para que retorne a normalidade, buscando trazer segurança ao posto de saúde e ao transporte coletivo - disse o tenente-coronel Mário Ikeda, comandante do policiamento da Capital.
Até as 11h30min, quatro pessoas haviam sido presas na Vila Cruzeiro durante a operação: duas por tráfico de drogas, uma por porte ilegal de armas e outra com Carteira Nacional de Habilitação (CNH) falsa e carro roubado.
Ikeda ainda descartou, nesta segunda-feira, a necessidade de presença da Força Nacional para reforçar a segurança na Cruzeiro. Para ele, a "situação está normalizada" e o "efetivo deslocado é suficiente". O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, pediu um "choque de segurança" com a presença da Força Nacional na região.
No sábado, o secretário da Segurança do Estado, Wantuir Jacini, disse que nunca foi procurado por Fortunati e defendeu que a presença da Força Nacional não teria resultado prático.