Violência na Capital
Sindicalista assassinado é sepultado em Porto Alegre
Rogério da Silva Ramos, 52 anos, foi morto com quatro tiros em uma parada de ônibus na Avenida Plinio Brasil Milano, Zona Norte da Capital
A chuva aumentou de intensidade justamente no momento em que o cortejo com o corpo do sindicalista Rogério da Silva Ramos deixava a capela B do cemitério Jardim da Paz, Zona Leste da Capital. Ele foi enterrado nesta manhã.
Os guarda-chuvas oferecidos pela administração do cemitério não foram suficientes para as dezenas de pessoas que compareceram ao enterro do vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (Sindsepe-RS). Rogério, 52 anos, foi assassinado na noite de quarta-feira com quatro tiros em uma parada de ônibus na Avenida Plinio Brasil Milano, Zona Norte da Capital.
Entre amigos e familiares, o funeral teve a presença forte de sindicalistas, companheiros de Rogério nas manifestações contra o parcelamento de salários dos servidores estaduais. Não apenas colegas do Sindsepe-RS, mas de outros sindicatos que representam parcelas específicas dos servidores. Leonel Lucas, presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Brigada (Abamf), foi um dos que prestou solidariedade.
- O Rogério era um sindicalista de contato com os servidores. onde houvesse barraca montada, mobilização na rua, lá estava ele. Por isso, também, é uma perda que todo o movimento sente - disse.
O sindicalista teria entrado em luta corporal com os bandidos que estavam em uma moto e o abordaram quando ele esperava a mulher na parada, por volta das 23h. A polícia já começou a ouvir testemunhas e busca imagens de câmeras de segurança do entorno. Por enquanto, não há suspeitos.
* Diário Gaúcho