Porto Alegre



Polícia

Disparo acidental é hipótese para morte de menino em Porto Alegre

Noé Guilherme Rodrigues da Silva foi morto com um tiro no peito na última sexta-feira

05/10/2015 - 12h06min

Atualizada em: 05/10/2015 - 12h06min


Vitor Rosa
Vitor Rosa
Enviar E-mail
Arquivo Pessoal / Agência RBS

A Polícia Civil ainda não sabe de onde partiu o tiro que matou Noé Guilherme Rodrigues da Silva, 13 anos, na última sexta-feira, no bairro Teresópolis, zona sul de Porto Alegre. Segundo a delegada Elisa Souza, da 5ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), uma das hipóteses que surgiram durante a investigação é de que um disparo acidental possa ter atingido a vítima. As informações são da Rádio Gaúcha.

Conforme a delegada, no entanto, ainda é muito cedo para afirmar que uma bala perdida ou acidental vitimou o menino. O que se pode confirmar, segundo Elisa, é que não houve tiroteio na região no dia em que o garoto morreu.

Família fala sobre a falta que o garoto faz:

Morte de menino em possível bala perdida é misteriosa na Zona Sul de Porto Alegre

Nesta segunda-feira, testemunhas serão ouvidas formalmente. A delegada não informa quem são as pessoas, pois a região é conflagrada pelo tráfico, e os moradores têm medo de possíveis represálias dos traficantes.

Noé foi atingido no peito. O calibre da arma usada no crime e o número de disparos ainda não foram confirmados.

Polícia acredita que homicídio em Novo Hamburgo tenha motivação passional

Órfã de pai e mãe, a vítima morava com um irmão de 28 anos, que estava no interior da residência e correu para a rua ao ouvir o disparo. Ao vê-lo ferido, o homem colocou Noé em um carro e o levou até o Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde morreu.

"Era o primeiro a chegar e o último a sair", diz diretora

A diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Gabriel Obino, Cátia Simon, diz que o menino Noé, como era conhecido por todos, era sempre o primeiro a chegar e o último a sair das ativades da escola.

- Ele era um aluno assíduo, uma criança muito amorosa, que fazia de tudo para ficar na escola - conta.

Leia as últimas notícias de Porto Alegre

Na sexta-feira, segundo a diretora, Noé se despediu de todos, pois iria se mudar do bairro. Era costume do menino sair da escola, ir até a sua casa, pegar uma bola e voltar para a frente da instituição para jogar futebol com os amigos. Cerca de 10 minutos após sair da escola, o garoto foi atingido.

- Ele saiu da escola praticamente para morrer - desabafa a diretora.

Conforme ela, o menino ficava dois turnos na escola por dia, um em aula e outro envolvido no projeto Mais Educação, do governo federal. Nesta semana, a instituição segue com aulas. No entanto, um minuto de silêncio e rezas coletivas foram realizados. Uma missa será celebrada na escola no 7º dia de morte do menino, que estava no 5º ano do Ensino Fundamental.

Leia as últimas notícias


MAIS SOBRE

Últimas Notícias