Polícia



Preso no Rio

Homem com aids é suspeito de infectar mulheres por querer

Renato Peixoto Leal Filho, 43 anos, foi indiciado por contágio de moléstia grave e, se condenado, a pena pode chegar à quatro anos de reclusão

09/10/2015 - 11h55min

Atualizada em: 09/10/2015 - 11h55min


Reprodução

Um homem foi indiciado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro nesta quinta-feira por suspeita de transmitir intencionalmente o vírus HIV para mulheres com quem manteve relações sexuais. Ele foi identificado como Renato Peixoto Leal Filho, 43 anos, e a pena para o crime pode chegar a quatro anos de reclusão, caso seja condenado.

De acordo com o jornal Extra, o advogado de Renato confirmou que ele é soropositivo, mas negou as acusações. Outras mulheres, no entanto, procuraram a polícia para denunciar o carioca. Segundo a versão delas, ele convence as supostas vítimas a sair por meio das redes sociais e, posteriormente, insiste para que o sexo seja feito sem camisinha.

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A polícia também investiga vídeos e áudios em que o suspeito ameaça uma de suas ex-companheiras de sequestro e de vazar vídeos íntimos do casal. Em um dos trechos publicados pelo portal G1, ele diz que não tem nada a perder.

- Eu vou te sequestrar amanhã. Vou chegar nesse seu trabalho e vou te levar nem que seja só para dormir comigo. Eu não tenho nada a perder - revela o áudio.

Em outro momento, o homem ameaça vazar vídeos de sexo com uma das mulheres:

- Vou jogar no meu grupo de amigos aqui, você vai ver.

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Uma das supostas vítimas, que tem 23 anos, disse que descobriu a doença do parceiro no início deste ano, quando morou junto com ele. A moça contou ao Extra que se mudou do Nordeste para morar com Renato no Rio de Janeiro. Dois meses depois, encontrou um exame que indicava a doença.

- Eu o confrontei, mas primeiro ele negou. Só com muita insistência admitiu - afirmou. - Ele era muito obsessivo e agressivo verbalmente. Eu tinha medo. Acabei voltando para o meu estado escondida, com a ajuda de uma amiga - completou.

Outras duas mulheres confirmaram ter mantido relações sexuais com o suspeito sem preservativo. Contudo, por sorte, não foram contaminadas pelo vírus HIV. Uma das delas relatou, ainda, que Renato dizia que marcaria a vida dela para sempre.

- Aí, entendi a insistência pelo não uso do preservativo, as coisas que ele dizia, que ia marcar a minha vida. Eu, por sorte, por força divina, não fui contaminada. O nosso objetivo, agora, é impedir que outras mulheres se tornem vítimas - falou em depoimento à polícia.

Rafael Faria, advogado de Renato, classificou as denúncias contra o seu cliente como "tentativa de revanchismo".

- O Renato vem sendo perseguido por uma ex-companheira. Ele é portador do HIV, mas se cuida e não tem intenção de passar o vírus para ninguém. Ele está sendo difamado por conta do término de um relacionamento - alegou.

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* Diário Gaúcho


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