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Entrevista

"Ela não se abria com a gente", diz pai de adolescente que planejou morte da família

Industriário de 48 anos conta como foi o ataque à sua família, arquitetado pela filha e pelo namorado dela

20/11/2015 - 15h15min

Atualizada em: 20/11/2015 - 15h15min


Adriana Irion
Adriana Irion
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Divulgação / Polícia Civil
Emerson Maier foi detido em um matagal próximo à casa das vítimas

Depois de ser atacado por homens que planejaram com sua filha a morte de toda a família, em Três Coroas, um industriário de 48 anos tenta entender o que aconteceu. A jovem está internada na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase), em Novo Hamburgo. A mulher e o filho do industriário seguem internados, sendo que o filho está em estado gravíssimo, com indicação para amputar a perna esquerda devido à gravidade do ferimento a faca que sofreu.

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Veja abaixo trechos da entrevista que o industriário concedeu a ZH. Os nomes das vítimas foram preservados para não identificar a adolescente infratora, em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Como o senhor está?
Estou me recuperando. A mulher e o filho ainda estão no hospital.

O estado do seu filho é mais grave.
Sim. Acho que amanhã vai ter que amputar a perna esquerda.

O que levou sua filha a fazer isso, planejar a morte da família?
Aquele outro (Eugênio Corso David, 37 anos, apontado como namorado da adolescente e preso depois do crime) induziu ela.

O senhor sabia do relacionamento dos dois e não aprovava?
Sim. Não tem como aprovar uma coisa que a gente sabe que não vai dar certo.

O senhor notou alguma mudança no comportamento dela nos últimos dias?
Notava faz tempo. Ela não se abria, não conversava com a gente.

Na hora do ataque, o senhor entendeu o que estava acontecendo ou pensou que fosse um assalto?
Estava dormindo. Quando ele (Eugênio) chamou, abriu a porta do quarto, eu já sabia o que era. Ele disse que não era para nós matar a (diz o nome da filha). Ele tinha isso na cabeça, que a gente ia fazer algo para ela. Ele estava com um machadinho. O outro, que entrou no quarto do (diz o nome do filho), estava com martelo, mas devia ter uma faca também.

O senhor viu sua filha durante o ataque?
Não. Quando tudo acabou, ela tinha fugido. Só foi aparecer depois no hospital.

O senhor conversou com ela?
Não, não conversei nada. Ela estava fria, sem nenhum arrependimento. Fica ruim. 

 

* Zero Hora


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