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Motorista é morto por taxistas após discussão na Capital, diz polícia

Vítima teria se envolvido em uma briga de trânsito

16/01/2016 - 07h24min

Atualizada em: 17/01/2016 - 10h10min


José Luís Costa
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Uma suposta discussão de trânsito envolvendo taxistas provocou perseguição, briga, tiros e morte na madrugada deste sábado em Porto Alegre.

Conforme informações da Polícia Civil, o ambulante Geovani Pereira de Melo, 35 anos, teria discutido com um taxista no centro da Capital. Em seguida, outros três colegas dele passaram a seguir Melo, que acabou agredido e morto a tiros na entrada de um beco na Rua Ildefonso Pinto, no Morro Santa Tereza, quase ao lado da casa onde morava com a mulher e uma filha de três anos.

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Vendedor de tapetes e peças artesanais à domicílio, Melo saiu de casa na manhã de sexta-feira para trabalhar. Conforme familiares, à noite, se encontrou com uma adolescente de 14 em um bar da Rua Marechal Floriano.

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Por volta das 5h deste sábado, deixou o local com a jovem em sua Pajero, ano 1997. De acordo com relato da jovem à polícia, em um cruzamento, Melo teria se incomodado com buzinadas de um taxista por estar trancando o trânsito. Melo não gostou e os dois discutiram. Foi então que os três colegas do taxista saíram atrás do ambulante, segundo informou à polícia a jovem.

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A caçada por sete quilômetros durou cerca de 15 minutos. Melo tentava fugir do comboio de táxi, entrando em um acesso em declive – com espaço para passar apenas um carro – perto de onde morava. Ao reduzir a velocidade para manobrar a caminhonete, ele teria sido barrado pelos taxistas. Dentro do carro, levou socos e um dos homens sacou de uma arma e atirou duas vezes, acertando a cabeça e a perna esquerda do ambulante.

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Desgovernada, a caminhonete percorreu o beco por cerca de 10 metros, batendo contra paredes e parou atravessada, batendo contra uma cerca de arame com arbustos.

Familiares escutaram os tiros e o estrondo do carro. Correram até o local, mas não visualizaram os agressores e encontraram Melo já sem vida. Ao lado dele estava a adolescente, principal testemunha do caso. O entorno do beco é cercado de moradias, mas ninguém teria visto o crime.

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O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa vai investigar o caso. Uma das primeiras providências será solicitar cópias de gravações de câmeras de vigilância da prefeitura, para tentar identificar os táxis envolvidos no crime.

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Melo era casado e deixa três filhos – uma menina de três anos, do segundo casamento, e um casal de adolescentes, do primeiro.



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