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Humberto Trezzi: golpe no Novo Cangaço

Operação da Polícia Civil no Norte do Estado une inteligência e audácia no desmantelamento de quadrilha especializada em assaltos com reféns

08/02/2016 - 15h14min

Atualizada em: 08/02/2016 - 15h50min


Humberto Trezzi
Humberto Trezzi
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Bando de "novos cangaceiros" foi preso com dinamite, pregos para furar pneus e fuzis capazes de perfurar blindados


Deu tudo certo na operação do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e agentes da Polícia Civil de Soledade contra a quadrilha desmantelada no Norte do Estado. É o maior golpe já efetuado, em uma só ação, contra adeptos do Novo Cangaço - tipo de assalto a banco realizado por bandidos que, como os antigos cangaceiros, atacam policiais, dominam pequenas cidades, fazem reféns e explodem alvos.

O Novo Cangaço é uma praga que se alastrou sobretudo em regiões do Nordeste (como Maranhão e Piauí) e Centro-Oeste (Mato Grosso), mas encontra seguidores no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Algumas quadrilhas, aliás, englobam gaúchos e catarinenses.

Suspeito é morto e quadrilha desbaratada

A fórmula é conhecida: buscam localidades que possuem escasso policiamento e uma ou duas agências bancárias. Muitas vezes o assalto é múltiplo, envolve dois bancos ao mesmo tempo.

É nisso que estava especializado o grupo desarticulado domingo. Luciano Bishoff Comper, o Peru, é apontado como o sujeito que compra dinamite usada pelo bando. Já Leandro Borchartt é envolvido na quadrilha de Seco (José Carlos dos Santos), preso há nove anos e celebrizado por usar caminhões e explosivos no ataque a blindados.

Não foi um ato casual da Polícia Civil e, sim, resultado de meses de paciente rastreamento dos bandidos, tanto os foragidos quanto os que cumpriam pena (à moda brasileira, aquele semiaberto que ninguém fiscaliza). Foi uma ação sem erro - tanto que o bandido morto em confronto, Ronaldo Mack, era condenado, foragido e respondia a cinco inquéritos por assaltos. Hora de reconhecer o esforço policial. Só assim, com trabalho de inteligência, para driblar a escassez constante de efetivo.

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