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Sem indícios suficientes

Justiça inocenta ex-soldado americano por morte em Florianópolis

Preso não será julgado pelo assassinato de Tiago Cordeiro, o Calcinha, morto em posto de combustíveis na Costeira.

19/02/2016 - 20h27min

Atualizada em: 19/02/2016 - 20h28min


Diogo Vargas
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A Justiça livrou o ex-soldado do Exército dos Estados Unidos David Beckhauser Santos Herold, o Americano, 26 anos, da acusação de ser um dos autores do assassinato de Tiago Cordeiro, o Calcinha, 26 anos, em Florianópolis.

Ao dar a sentença de pronúncia de quem deve ir a júri popular pela morte, o juiz Paulo Marcos de Farias declarou não ter se convencido da existência de indícios de autoria contra David, que foi inocentado. A mesma decisão o magistrado teve em relação a outro acusado do crime, Gerson Napoleão Filho, que também não deverá ser julgado pela morte.

David Beckhauser, o Americano, continua preso por outra morte: a de Thiago Polucena de Oliveira (no Morro do 25).

– Não existia nada contra o David, sequer uma testemunha e um elemento de investigação que o comprometesse. A família agora estuda entrar com dano moral para reparar o tempo que ele ficou preso indevidamente nesse caso – afirmou o advogado de David, o criminalista Cláudio Gastão da Rosa Filho.

O ex-soldado permanece preso na Grande Florianópolis por outro crime: a morte de Thiago Polucena de Oliveira (no Morro do 25), cujo julgamento está marcado para o dia 29 de março, no Fórum da Capital.

O juiz determinou que Danilo de Souza, irmão do traficante Sérgio de Souza, o Neném da Costeira, seja julgado em júri popular pela morte de Calcinha – a polícia afirma que Danilo seria o mandante do homicídio. Ainda não há data para esse julgamento.

Danilo ganhou o direito de recorrer da decisão em liberdade, mas terá de continuar a cumprir medidas cautelares como ficar longe de testemunhas, manter endereço fixo e se apresentar em juízo a cada 15 dias.

Calcinha era considerado o gerente do traficante Neném da Costeira e foi morto a tiros no dia 2 de abril de 2015 em um posto de combustíveis, na Costeira. Segundo a Delegacia de Homicídios, a morte de Calcinha está ligada ao comando do tráfico de drogas.


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