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Litoral Norte

Polícia tenta identificar suspeito de rapto de menina com imagens de câmeras

Criança de cinco anos que ficou desaparecida em Capão da Canoa por cerca de seis horas foi encontrada com ferimentos

09/02/2016 - 11h57min

Atualizada em: 09/02/2016 - 11h57min


Adriana Irion
Adriana Irion
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Policiais civis e militares estão mobilizados em Capão da Canoa para tentar identificar e prender o suspeito de ter raptado e abusado sexualmente de uma menina de cinco anos, na segunda-feira.

A menina, que estava na casa da bisavó materna no bairro Santa Luzia, desapareceu por volta das 17h30min e foi localizada no começo da madrugada desta terça-feira. Ela tinha ferimentos no rosto e relatou ter sido agredida a socos. Conforme o pai da menina, o depoimento leva a crer que houve abuso sexual. Ela também contou ter sido ameaçada para não contar nada.

O agressor fez ameaças e também um segundo suspeito teria dito a ela que se contasse alguma coisa à polícia, a mãe seria morta. Durante a madrugada, a criança foi submetida a exames em Osório e nesta manhã, já descansava na casa da família, segundo o pai:

- Ela disse que "outro tio" (um segundo suspeito) colocou ela em um carro e mandou baixar a cabeça. Quando ela desceu, avisou que mataria a mãe se ela falasse alguma coisa.

Os pais são separados e têm a guarda compartilhada. O pai explicou que a menina estava morando com a bisavó.

- Ela ficava um pouco comigo, um pouco com a mãe. A mãe tem outros filhos para cuidar. Mas morava mesmo com a bisavó. Ela sumiu quando estava brincando com uns primos - afirmou.

No final da manhã, a mãe da menina, de 23 anos, disse a Zero Hora que os exames constataram que ela sofreu abuso sexual.

- Ela levou socos no rosto também e reclama de dor para sentar. Está tranquila, mas quer que o pai mate o tio mau. Ela e uma irmã mais velha estavam morando com minha avó. Tenho mais quatro filhos. Eu via ela a cada dois dias, vi no sábado - contou a mãe.

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Até agora, nenhum morador identificou o suspeito

A polícia tenta localizar mais imagens que possam ajudar na identificação do suspeito e da casa para onde a menina foi levada, que seria no bairro Quero-Quero. A câmera de uma empresa de segurança flagrou o homem carregando a criança em uma bicicleta às 17h40min de segunda-feira. Até o momento, nenhum morador identificou o suspeito. A menina teria sido libertada graças à mobilização de populares na região.

Uma vizinha viu o momento em que a menina foi pega. Desconfiada, foi até a casa da bisavó para saber se estava combinado de alguém buscá-la. A bisavó disse que não. A vizinha então foi até a empresa de segurança que fica no bairro para saber se poderia haver imagens do suspeito. O dono da empresa, o policial militar da reserva Juarez Nunes, localizou a imagem e chamou a polícia. A mobilização se espalhou pelo bairro e arredores.

- Acho que foi isso que ajudou com que ela fosse solta com vida - disse Débora da Silva, mulher de Juarez.

Também foram Juarez e Débora os primeiros a terem contato com a criança quando ela foi encontrada. Populares encontraram a menina nas proximidades e a levaram até a residência do casal, por volta da 0h30min. Ela parecia estar em estado de choque, mas não chorava. Tinha marcas de agressão e a roupa estava um pouco rasgada.

- Ela estava com fome. Comeu sanduíche e doce e tomou refri. O pai e a madrasta vieram buscá-la com a polícia - contou Débora.

Há controvérsia sobre se a menina foi transportada em um carro ou em uma moto antes de ser libertada. A Brigada Militar tem informação de que seria uma moto com baú de telentrega. Mas os pais da menina falam que seria um carro. Conforme plantonista da delegacia de Capão da Canoa, policiais estão na rua fazendo diligências.


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