Polícia



Roubo a banco

Quadrilha desmantelada no Norte do Estado é suspeita de mais de 20 ataques a bancos em um ano

Grupo que entrou em confronto com policiais na madrugada de domingo, em Mormaço, é considerado o maior especialista em explosões de agências. Líder do bando morreu no confronto

08/02/2016 - 11h59min

Atualizada em: 08/02/2016 - 11h59min


Eduardo Torres / Diário Gaúcho
Fuzis foram apreendidos em sítio no Norte do Estado

A polícia acredita ter desmantelado não apenas a principal quadrilha responsável por ataques com explosões a agências bancárias no Estado, mas, principalmente, a mais especializada neste tipo de crime. Isso é o que revelaram na manhã desta segunda os delegados envolvidos na ação que resultou no confronto com o bando, em um sítio na zona rural de Mormaço, Norte do Estado, na madrugada de domingo.

A primeira ação da quadrilha teria sido uma explosão a uma agência do Banco do Brasil, em General Câmara, logo no primeiro dia de 2015. Desde então, aponta a Delegacia de Roubos, do Deic, foram pelo menos 20 ataques entre a Região Metropolitana, Serra e Norte do Estado.

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Ronaldo Bandeira Mack, 39 anos, considerado pela Delegacia de Roubos, do Deic, o líder da quadrilha, morreu no tiroteio com os 20 agentes envolvidos na ação. Condenado a 11 anos de prisão por roubo a banco, ele foi beneficiado com a progressão de regime em setembro de 2014. Desde então, suspeita a polícia, teria começado a arregimentar o bando.

- Era certamente o foragido número um no Estado para o Deic - afirma o delegado Joel Wagner, que comandou a investigação.

No tiroteio, também ficou ferido Leandro de Carvalho Fontinel, 24 anos. Ele foi preso junto com o irmão, Diego de Carvalho Fontinel, 27 anos. Investigados também por tráfico de drogas, eles são apontados pela polícia como responsáveis por trazer armas do Uruguai e abastecer o bando. Recentemente Leandro foi preso em uma ação do Denarc, mas já estava na rua.

Apreensão de fuzil cresce 73% no Estado

Ao todo, a polícia apreendeu cinco fuzis no sítio de Mormaço. Ao menos um deles, um .223, de origem canadense, mantinha a numeração de armamento uruguaio. Outro, um 7.62, tem origem no Exército brasileiro.

A lista dos especialistas arregimentados por Ronaldo tinha ainda Luciano Bischof Comper, o Peru, 38 anos, considerado exímio no uso de explosivos. Há dois anos, ele já havia sido preso pelo Deic em Santa Catarina e, em dezembro foi posto em liberdade provisória.

Encomendas para armar o tráfico partiam do Central

Leandro Martins Borchartt, 35 anos, é irmão do criminoso conhecido como Marcão, que era um dos principais parceiros do assaltante Seco. Leandro é considerado linha de frente nos assaltos. Teria atuado também em roubos de cargas recentemente. Foram presos ainda os assaltantes Júlio César da Costa, 35 anos, e Jonatha Rosa da Cruz, 34 anos.

O elo da quadrilha, que tem origem em municípios da Região Metropolitana, com o Norte do Estado seria Fabiano Bueno, 44 anos. Envolvido com o tráfico de drogas na região de Soledade, ele garantiria a logística dos ataques naquele ponto do Estado. Fabiano é o dono do sítio usado como base pela quadrilha.

Outros dois adolescentes foram apreendidos no local. Eles serviriam como olheiros da quadrilha.

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