Polícia



Crime na Capital

Menino de 13 anos e catador são executados no Bairro Agronomia

Vítimas não tinham antecedentes. Para a polícia, crime foi cometido de forma aleatória.

07/03/2016 - 21h23min

Atualizada em: 07/03/2016 - 21h23min


Divulgação / Arquivo pessoal
Weslei era

Weslei do Nascimento da Silva, aos 13 anos, era menino amigo e brincalhão, conforme descrevem vizinhos dele, na Vila dos Herdeiros, no Bairro Agronomia, na Zona Leste da Capital. Nesta segunda-feira, por volta das 15h, o adolescente pode ter sido mais uma vítima inocente da criminalidade.

Weslei e o catador André Cristiano Maron de Freitas, 35 anos, foram executados. De acordo com o que apurou a polícia, um carro preto freou bruscamente na esquina das ruas João Antonio Lopes e Erotilde Machado Santana.  Dele, saíram quatro homens armados.

Weslei, que havia desembarcado de um ônibus numa parada próxima, foi perseguido  por eles e morto com  dez tiros de pistola .380. O menino tombou em frente ao portão da Escola Sylvio Torres. A poucos metros dali, André foi morto com dois tiros de pistola 9mm.
 
Área disputada
 
Aparentemente, de acordo com o delegado Rodrigo Pohlmann, da
1ª DHPP, os dois foram mortos de forma aleatória.

- Aquela região (Vila dos Herdeiros, conhecida como Beco dos Cafunchos), desde a morte do traficante  Teréu (Cristiano Souza da Fonseca, morto na Pasc, em maio passado) está sendo disputada. Parece, André e Weslei foram mortos sem motivos, numa demonstração de força   de quem quer tomar a área - disse. 
 
Tentou correr
 
De acordo com vizinhos, Weslei voltava para casa, após a escola. Desembarcara do ônibus e seguia para a rua onde morava, quando o automóvel no qual estavam os bandidos, freou bruscamente próximo a ele.

- talvez ele tenha se assustado com a freada e corrido. Por isso, pode ter sido escolhido pelos criminosos - supõe o delegado Rodrigo Pohlmann.

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Ao saber da morte, a mãe do menino passou mal. Durante a tarde, foi medicada co calmantes.

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- O Weslei era um menino tranquilo. Sentava aqui perto da minha casa e ficava conversando, todos os dias, descreveu uma vizinha, que pediu para não ser identificada.
 
Latinhas
 
André, de acordo com a polícia, era usuário de drogas, mas não tinha antecedentes. Morava sozinho em um pequeno casebre e vivia da venda de latas de alumínio, que recolhia nas ruas.


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