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Taquara

Justiça decreta prisão preventiva de advogada por extorsão de prefeito

Mulher foi presa em flagrante na terça-feira com R$ 100 mil recebidos do prefeito de Riozinho, Airton Trevizani da Rosa

21/04/2016 - 10h41min

Atualizada em: 21/04/2016 - 10h43min


Eduardo Cardozo
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O valor de R$ 100 mil foi encontrado dentro de uma sacola que estava com a advogada

A Justiça de Taquara, no Vale do Paranhana, decretou no fim da noite de quarta-feira a prisão preventiva da advogada Mara Rozane Sarquiz, presa no dia anterior. Ela é suspeita de extorquir o prefeito de Riozinho, Airton Trevizani da Rosa. As informações são da Rádio Gaúcha.

O juiz da 2ª Vara Criminal de Taquara, Juliano Fonseca, determinou que a advogada seja encaminhada à Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba e que o caso fique em segredo de Justiça. A defesa de Mara deve ingressar ainda nesta quinta-feira com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça.

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A mulher foi presa em flagrante em Rolante, no Vale do Paranhana. De acordo com a Polícia Civil, ela recebeu R$ 100 mil do prefeito. O dinheiro foi entregue em uma rádio pertencente ao irmão de Airton Trevizani da Rosa e próximo da residência da advogada presa.

Segundo a delegada Elisangela Reghelin, a mulher fazia ameaças ao prefeito há cinco meses. Ela acusava Airton de ter conhecimento de possíveis irregularidades no caso de adoções de crianças e de acobertar um ex-vereador do município em um caso de estupro.

"A advogada vinha sendo monitorada há cinco meses depois que o prefeito registrou uma queixa relatando que estava recebendo ameaças", afirmou.

A Assistência Social e o Conselho Tutelar da cidade de Riozinho estão sendo investigados pela Polícia Civil e Ministério Público pela forma como foram feitas as retiradas da guarda de crianças de famílias do município. Diversas famílias reclamam da maneira como tiveram os filhos levados de casa e adotados por outras famílias.

Segundo a delegada, durante o depoimento do prefeito, ele entregou gravações com as conversas que teve com a advogada.

Advogada nega o crime
A delegada conta que a advogada negou que o dinheiro fosse objeto de extorsão, sustentando que estava sendo vítima de uma armação. Inicialmente, Mara disse que só falaria em juízo, mas acabou respondendo algumas perguntas da delegada Elisangela Reghelin.


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