Rio de Janeiro
"Não sabia que era um estupro", afirma acusado de divulgar imagens de crime na internet
Jovem de 18 anos disse que teve o perfil apagado das redes sociais e que tem recebido ameaças de morte
Em entrevista ao jornal Extra, um dos acusados de compartilhar imagens da adolescente de 16 anos ferida e desacordada após sofrer um estupro coletivo no Rio alegou que não sabia que se tratava do abuso sexual de uma menor de idade. Marcelo Miranda da Cruz Corrêa, 18 anos, relatou que havia postado nas redes sociais uma foto, na terça-feira, e no dia seguinte seu perfil foi apagado. Ele também afirmou que recebeu ameaças de morte.
– Só entendi o que aconteceu quando vi o vídeo – afirmou o rapaz à reportagem, estudante do 3º ano do ensino médio e morador da Cidade de Deus.
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Ele disse que não conhece os envolvidos e que recebeu a imagem em um grupo no WhatsApp. A polícia pediu a prisão preventiva dele, acusado pela divulgação de conteúdo pornográfico com menor de idade.
– A minha ficha ainda não caiu. Aconteceu tudo tão rápido. Fui ameaçado de morte porque as pessoas acharam que eu participei de um estupro. Só botei isso inocentemente – afirmou à reportagem. – A minha mãe acha isso tudo repugnante, mas está me apoiando. Espero que as coisas se resolvam. Não quero ser preso por uma coisa que eu não fiz. Não sabia que aquilo era um estupro e que ela era menor.
A foto que ele compartilhou mostra um homem na frente da adolescente, nua e desacordada. Há também um vídeo que circulou nas redes sociais mostrando a garota após o estupro.
Na tarde desta sexta-feira, a adolescente compareceu à delegacia para prestar um segundo depoimento sobre o caso. Em vídeo divulgado pelo jornal O Globo, ela conta que chorou, tentou bater nos homens que a violentavam e que o lugar em que estava era imundo. A garota diz ainda esperar pela "justiça de Deus" e que os agressores nunca mais cometam abusos.
– Eu queria que eles esperassem a justiça de Deus. Só isso. Só queria só isso e que nunca mais façam isso com alguém. Eu me sinto um lixo hoje. Eu não queria que outra pessoa se sentisse assim – relata a garota.