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Insegurança na Capital

Advogada baleada se recupera em UTI

Jovem de 22 anos estava na carona do veículo de amiga quando foi atingida na cabeça por disparos na Vila Cruzeiro, em Porto Alegre

26/06/2016 - 18h46min

Atualizada em: 26/06/2016 - 19h13min


Humberto Trezzi
Humberto Trezzi
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Uma jovem de 22 anos foi baleada na madrugada de sábado na Rua Cruzeiro do Sul, na Vila Cruzeiro, na zona sul de Porto Alegre. A advogada Isadhora Bolônia de Oliveira estava na carona de um Fiesta preto, junto de uma amiga, quando por volta das 5h o veículo foi atingido por diversos disparos. Ela está internada no Hospital de Pronto Socorro (HPS) e se recupera dos dois tiros que levou na cabeça. Foi induzida ao coma para diminuir o edema (inchaço) provocado pelos ferimentos, mas já é considerada fora de perigo.

Mesmo com dois pneus furados pelo ataque, a jovem que dirigia o veículo – a estudante de Ciências Sociais e Direito Marcelli Cipriani – conseguiu levar a amiga até o HPS, no bairro Bom Fim. A motorista não se feriu.

Conforme familiares que visitaram Isadhora, ela já recuperou a consciência, mas permanece internada na UTI. O projétil teria feito duas perfurações e a bala, permanecido na região subcutânea da cabeça – no hospital, foi extraída. Agora a preocupação é evitar infecções, já que o risco imediato de morte diminuiu. Muito abalada, a família não deseja se pronunciar a respeito.

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Natural de Pelotas, formada em 2014 na Universidade Católica de Pelotas (UCPEL), Isadhora faz curso de especialização no Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas de Segurança da Pontifícia Universidade Católica (PUC). Estuda, justamente, a violência do tipo que a vitimou.

A Polícia Civil tentará esclarecer o crime, uma vez que os criminosos não teriam anunciado assalto. As jovens estavam no bairro Cidade Baixa e decidiram atalhar pela Vila Cruzeiro para ir até a casa da motorista do carro, localizada na Vila Nova.

Em relato a policiais civis, Marcelli afirmou que faz sempre esse trajeto e nunca deparou com incidentes.A delegada Elisa Souza, da 6ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, deve tomar novamente o depoimento de Marcelli hoje, mas adianta que a hipótese mais provável é mesmo que as garotas tenham sido vítimas de troca cruzada de tiros e o desejo dos atiradores não era atingi-las.

– Outra probabilidade é que os criminosos tenham pensado que o veículo era de algum inimigo – pondera a delegada.



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