Presa em flagrante, depois de confessar o assassinato do marido, o sargento da Brigada Militar Carlos Antônio Rodrigues, 42 anos, na madrugada do último sábado, a faxineira Elen Dóris Santos da Silva, 42 anos, afirmou à polícia que sofria agressões do marido com quem vivia há 13 anos. As agressões nunca foram registradas mas, segundo familiares de Elen, eram constantes.

– Foi uma tragédia, um crime terrível, mas a minha filha era agredida há 13 anos e tinha medo e vergonha de denunciar. Seguidamente aparecia com marcas no rosto e dizia que tinha caído em casa – conta a mãe dela, Matilde Alves dos Santos, 64 anos.

Segundo a mãe, Elen sofre de depressão.

De acordo com o delegado Marco Antônio de Souza, da Delegacia de Homicídios de Gravataí, a forma como aconteceu o crime não caracteriza legítima defesa. O sargento dormia na casa em que vivia com a esposa quando foi baleado. Ainda assim, o delegado afirma que as circunstâncias de possíveis agressões serão investigadas.

– Mesmo sem registros policiais, vamos ouvir testemunhas e analisar todas as circunstâncias desse crime – aponta o delegado.

No momento do crime, apenas o casal estava em casa, na Rua Sertório, Bairro Padre Réus, em Gravataí. Os filhos gêmeos, de nove anos, dormiam com a avó. Elen foi encaminhada à Penitenciária Madre Pelletier, onde continua presa.

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