Violência em Ana Rech
VÍDEO: ladrões fazem motociclista refém e explodem banco em Caxias
Enquanto a vítima ficou deitada em uma avenida, os assaltantes roubaram três terminais eletrônicos do Banrisul
Imagens obtidas pelo Pioneiro nesta terça-feira mostram a ação de criminosos que explodiram uma agência do Banrisul no bairro de Ana Rech, em Caxias do Sul, por volta das 3h. São pelo menos três homens, que rendem um motociclista que passava pela Avenida Rio Branco no momento do ataque. Eles deitam a vítima no chão e, instantes depois, disparam contra um veículo que também trafegava pela região. O automóvel atinge a motocicleta e consegue escapar.
Enquanto o refém ficou estirado na avenida, o trio entrou no Banrisul e explodiu três terminais. Eles levaram uma quantia em dinheiro ainda não divulgada. Um deles fez a guarda do banco, armado de fuzil e colete à prova de balas. O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) trabalha para identificar os suspeitos.
De acordo com Joel Wagner, titular da Delegacia de Roubos do Deic, o grupo pode ter ligação com o bando que explodiu duas agências no mesmo dia em maio do ano passado. Dois ladrões acabaram presos um mês depois e seguem detidos.
– As explosões tinham dado uma parada. Estamos analisando quem são os responsáveis. É possível que eles estejam conectados ao mesmos assaltantes que desarticulamos em 2015, ou pode ser uma organização totalmente nova – afirma Wagner.
No ano passado, agências do Banco do Brasil e Banrisul foram explodidas no mesmo horário – 3h. Na ocasião, os bandidos quebraram os vidros do Banrisul com marretas, mas foram surpreendidos por um vigilante. Houve troca de tiros. O subprefeito de Ana Rech, Álvaro Giacomet Barreto, acredita que o bairro é visado porque tem saídas para diversas áreas da cidade:
– Temos policiamento dia e noite aqui. Os criminosos ficam cuidando antes de agir, são profissionais. O que os ajuda em Ana Rech é que é fácil fugir para vários bairros.
Dois funcionários do Banrisul que chegaram para trabalhar na manhã desta terça depararam com vidros estourados e equipamentos internos completamente destruídos lamentaram a falta de segurança.
– Estou aqui há cinco anos. É muito complicado conviver com uma rotina assim – falou um deles, que pediu para não se identificar.