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Justiça condena acusados de matar instrumentista na Zona Sul da Capital

Thaimerson Valério foi morto a tiros em 2014, aos 23 anos. Ele fazia parte da bateria da Estado Maior da Restinga. Crime foi encomendado de dentro do presídio

29/07/2016 - 14h31min

Atualizada em: 29/07/2016 - 14h32min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Divulgação / Arquivo Pessoal
Thaimerson foi atraído para uma emboscada na Restinga em abril de 2014

Depois de 16 horas de júri, três homens acusados de participação na execução do instrumentista Thaimerson Duarte Valério, 23 anos, em abril de 2014, no Bairro Restinga, foram condenados já na madrugada desta sexta. Newton Alves, 46 anos, apontado pela acusação como mandante do crime, e Anderson Luiz dos Santos, o Bambam, que seria um dos executores, foram condenados a 29 anos e seis meses – devem permanecer no regime fechado, por este crime, pelo menos 15 anos. Também foi condenado Carlos Vitor dos Santos Ferreira, o Salgadinho, com pena de 20 anos e seis meses e a perspectiva de que permaneça pelo menos oito anos em regime fechado.

Thaimerson tocava tarol na bateria da escola de samba Estado Maior da Restinga e não tinha qualquer envolvimento com a criminalidade. Conforme a investigação feita pela 4ª DHPP, ele foi atraído para uma emboscada armada por Newton, que era ex-namorado da sua mãe. A partir da cadeia, onde permanece preso, Newton teria ligado para Thaimerson lhe pedindo que buscasse uma quantia em dinheiro na Quarta Unidade do Bairro Restinga. O rapaz foi ao local acompanhado de um amigo. Lá, os dois foram surpreendidos pela dupla de executores. O amigo de Thaimerson ficou baleado.

De acordo com a acusação oferecida pelo Ministério Público, o ex-namorado da mãe de Thaimerson não se conformava com o fim do relacionamento e havia jurado vingar-se em alguma pessoa próxima dela.

– A vítima era um menino sem qualquer registro policial. Pai de dois filhos e de boa índole – ressalta o promotor Eugênio Amorim, que participou da sessão no Tribunal do Júri.

Antes da condenação por este crime, Newton já colecionava condenações por quatro roubos e um homicídio, com penas a cumprir até 2075. Anderson também já tinha condenação por roubo, enquanto Carlos Vitor era primário.

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