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Violência

Polícia procura quem cortou a mão de suspeito de furto de telefone

Homem teve o corpo mutilado após ser perseguido por pessoas que o acusavam de furtar celulares no Camelódromo

07/08/2016 - 15h58min

Atualizada em: 07/08/2016 - 15h59min


Humberto Trezzi
Humberto Trezzi
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Brigada Militar

A Polícia Civil ainda não encontrou o homem que cortou a mão de Sérgio Moacir Araújo da Cunha, 41 anos, no Centro de Porto Alegre, na tarde de sábado. Ele teve o membro decepado por um golpe de facão. O fato teria ocorrido logo após Sérgio furtar uma loja do camelódromo.

Conforme PMs que compareceram ao local do crime, após furtar um celular, Sérgio fugiu correndo pelas ruas e foi atacado por outro homem, ainda não identificado, na Avenida Borges de Medeiros, quase na Esquina Democrática.

Sérgio é conhecido na área do Camelódromo e têm diversos antecedentes por furto - a maioria deles, de celulares. O ferido foi conduzido ao Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre e seu estado é regular, mas não corre risco de vida.

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O delegado Omar Abud, da 17ª Delegacia da Polícia Civil (responsável por investigações nessa parte da cidade), diz que as primeiras informações são de que Sérgio teria sido atingido por outro criminoso que disputa com ele a área de atuação para cometer roubos no Centro. O ataque teria sido feito por mais de uma pessoa, integrantes de uma gangue de ladrões.

– Na segunda-feira devemos tomar depoimentos e buscar mais imagens de câmeras de segurança que possam evidenciar quem fez o ataque – diz Abud.

O delegado afirma que, até agora, não se confirmam suspeitas de que seguranças do Camelódromo tenham agredido Sérgio. Devem ser ouvidas testemunhas que corroboram que houve uma perseguição e uma briga próximo à Esquina Democrática.

O caso de Sérgio Moacir Araújo da Cunha é mais um numa lista de mutilações que têm marcado o submundo de Porto Alegre e Região Metropolitana nos últimos tempos. Entre 2015 e 2016 foram nove casos de decapitações, esquartejamentos e torturas até a morte, em rixas de quadrilhas na área da Capital e Grande Porto Alegre. Os casos estão relatados na reportagem Por que a Região Metropolitana virou palco de crimes brutais, publicada na edição deste fim de semana de Zero Hora.



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