Polícia



Violência sexual

Polícia vai indiciar motorista do Uber que teria se masturbado em frente a passageira em Porto Alegre

Condutor responderá por crime de de ato obsceno, com pena de até dois anos de prisão

23/11/2017 - 15h27min

Atualizada em: 23/11/2017 - 15h27min


Eduardo Paganella
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A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) vai indiciar um motorista do Uber suspeito de ter se masturbado em frente a uma passageira durante corrida em Porto Alegre. O condutor responderá pelo crime de ato obsceno, com pena que pode chegar a dois anos de prisão. Entretanto, o homem responderá ao caso em liberdade. Conforme a delegada Tatiana Bastos, há indícios suficientes que comprovam a versão da universitária que registrou a ocorrência.

 — A gente juntou as mensagens e ligações feitas pela jovem ao namorado. Quando ela desce do carro, imediatamente procura uma PM para ajudá-la. O motorista havia dito que ela tinha pego um táxi. A versão não condiz com o que aconteceu — disse. 

 O caso ocorreu no último dia 8 de novembro, quando a jovem de 26 anos deslocava-se da Zona Sul até a universidade, no centro da cidade. Segundo relato da mulher, no meio do trajeto, o condutor perguntou se ela tinha sinal telefônico. Após ela responder negativamente, o homem começou a se masturbar enquanto dirigia. A jovem conseguiu novamente sinal telefônico e de internet e relatou ao namorado a ação do motorista. Depois, desesperada, desceu do carro em um terminal de ônibus na Avenida Bento Gonçalves. 

 A delegada Tatiana frisou que o homem já teve uma passagem criminal anterior pelo mesmo crime. O condutor prestou depoimento dias depois do incidente e alegou que a mulher o havia denunciado por vingança. Segundo o motorista, a estudante estava com pressa e queria que ele andasse mais rápido até a universidade. A argumentação do condutor não foi suficiente para a delegada. 

 CONTRAPONTO

 Por meio de nota, a empresa Uber se manifestou sobre o caso:

"A Uber repudia qualquer tipo de violência contra mulheres. O motorista foi desativado da plataforma e não está realizando viagens. A Uber vai colaborar com as autoridades competentes para ajudar nas investigações, respeitando a legislação. Acreditamos na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência contra a mulher."


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