Polícia



Caxias do Sul

Passagem de autor confesso da morte de Naiara por instituição psiquiátrica é temporária 

Objetivo é avaliar que tipo de comportamento o preso pode apresentar durante o isolamento

05/04/2018 - 07h42min


Pioneiro
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reprodução / Facebook
Autor confesso de rapto, estupro e morte de Naiara foi preso em 21 de março, doze dias após o sumiço da menina

A  transferência do autor confesso do rapto, estupro e morte da menina Naiara Soares Gomes, sete anos, para o Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), em Porto Alegre, é uma medida temporária.

Segundo a direção do presídio da Região Metropolitana, local onde Juliano Vieira Pimentel de Souza, 31, está recolhido temporariamente desde o dia 22 de março (ele foi preso em Caxias no dia 21 de março), trata-se de um procedimento preventivo.

Com isso, Souza está sendo submetido a uma série de exames psiquiátricos para avaliar que tipo de comportamento ele pode apresentar durante o período em que permanecerá isolado dos demais presos.

Outra ideia é avaliar se haveria condições, no futuro, de ele ser colocado entre a massa carcerária. Atualmente, e por prazo indefinido, Souza seguirá mantido em uma cela onde os outros apenados não têm acesso por razões de segurança.

Até a última quinta-feira (30), o homem mantinha rotina normal dentro da cadeia. Após a avaliação no IPF, Souza será transferido novamente para o presídio, o que pode ocorrer ainda nesta semana. 

A decisão de levá-lo para uma avaliação psiquiátrica partiu do setor técnico da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). 

A Defensoria Pública do Estado ainda não foi notificada sobre o caso Naiara, o que só deve ocorrer após a denúncia de Souza, por parte do Ministério Público, se ele for, de fato, denunciado. 

Ocorrendo a denúncia, a Defensoria explica que Souza terá prazo de 10 dias para constituir um advogado ou pedir um defensor público e que, se não fizer nem uma coisa nem outra, a Justiça nomeará um defensor público para representá-lo. Por enquanto, ele permanece sem defesa constituída.

Investigação

Um dos últimos passos necessários para a conclusão do inquérito sobre o rapto, o estupro e o assassinato de Naiara confirmou que a menina morreu asfixiada. O laudo é condizente com o depoimento de Souza. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) pretende finalizar o inquérito até sexta-feira (6). 

De acordo com o delegado Caio Márcio Fernandes, responsável pela investigação, o laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) apontou que morte da criança foi causada por asfixia mecânica e uma fratura na cervical.

Em depoimento, Souza havia relatado que, durante o estupro, pressionou a mão contra a boca e o nariz de Naiara.

Após o recebimento da necropsia, a DPCA aguarda apenas pelas perícias nos locais do crime. O delegado Fernandes, porém, afirma que as pendências são apenas complementares e o inquérito deverá ser concluído no prazo estipulado.



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