Polícia



Feminicídio no Humaitá

Homem é indiciado por matar ex-companheira e sogra em apartamento em Porto Alegre

Polícia Civil afirma que ele cometeu o crime por não aceitar o término do relacionamento

07/05/2018 - 15h11min


Vitor Rosa
Vitor Rosa
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Facebook / Reprodução
Homem matou Mariane, 30 anos, e a mãe dela, Terezinha, 56, em 25 de abril, na zona norte da Capital

A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher finalizou a investigação culpando o ex-companheiro de Mariane da Silva Isbarrola, 30 anos, pelo assassinato dela e de sua mãe, Terezinha de Fátima Pereira da Silva, 56. O crime ocorreu no apartamento onde as duas moravam no bairro Humaitá, na zona norte de Porto Alegre, no dia 25 de abril deste ano. De acordo com a Polícia Civil, Evandrios Martins dos Santos, 33 anos, matou as duas mulheres por não aceitar o término do relacionamento.

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O homem, que está no Presídio Central desde o dia do crime, foi indiciado por duplo feminicídio qualificado por meio cruel e que dificultou a defesa da vítima. Ele também foi culpado pela ameaça a uma colega de trabalho de sua ex-companheira, a quem ele afirmava ser responsável pelo término do relacionamento. Se condenado, a pena dele pode chegar a 60 anos de prisão.  

De acordo com a delegada Tatiana Bastos, o inquérito foi remetido à Justiça na última sexta-feira (4). Ela afirma que a investigação confirmou que o homem já foi ao apartamento com uma faca, provavelmente tendo premeditado o assassinato. 

O crime

Evandrios Martins dos Santos admitiu ter matado mãe e filha no quarto andar do Edifício Paraguay, na manhã do dia 25 de abril. Um dos vizinhos, que mora em frente ao apartamento das vítimas e pediu para não ser identificado, relatou que ouviu os gritos das mulheres e bateu na porta para ver o que ocorria. Quem abriu a porta foi o ex-companheiro de Mariane, que estava com uma faca na mão. Assustado, o vizinho fugiu pedindo por socorro.

Alguns minutos depois, o ex-companheiro bateu à porta de uma vizinha no terceiro andar pedindo para que ela cuidasse das duas filhas do casal, de quatro e sete anos. De acordo com a testemunha, que também não quis se identificar, ele aparentava estar perturbado.

Mariane trabalhava como terapeuta ocupacional na prefeitura de Montenegro e, segundo vizinhos, vinha em processo de separação com o ex-companheiro. Ela já teria relatado ter sido ameaçada pelo ex, mas não chegou a registrar ocorrência.

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