Polícia



Feminicídio

Homem que matou ex-companheira e sogra em Porto Alegre vira réu

Evandrios Martins dos Santos confessou o crime cometido em abril, na zona norte da Capital

21/05/2018 - 11h40min


Vitor Rosa
Vitor Rosa
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Facebook / Reprodução
Homem matou Mariane, 30 anos, e a mãe dela, Terezinha, 56, em 25 de abril, na zona norte da Capital

Virou réu na Justiça, nesta segunda-feira (21), o homem que matou a facadas a ex-companheira Mariane da Silva Isbarrola, 30 anos, e a mãe dela, Terezinha de Fátima Pereira da Silva, 56, em um apartamento do bairro Humaitá, na zona norte de Porto Alegre, em 23 de abril. Evandrios Martins dos Santos, 33 anos, confessou o crime aos policiais após fugir do local do crime, refugiar-se na casa da mãe e depois entregar-se à Polícia Civil acompanhado de um advogado.

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Santos, que era estagiário de uma construtora, foi indiciado pelos dois homicídios. Um deles, o de Mariane, com quatro qualificadoras: feminicídio, motivo torpe, emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. O assassinato da mãe de Terezinha não foi considerado um feminicídio, mas também teve os outros três agravantes.

De acordo com a denúncia da promotora Lúcia Helena Callegari, aceita pela Justiça, o crime foi cometido porque o homem tinha sentimento de posse da ex-companheira e acreditava que ela estava tendo outros relacionamentos. O casal, que tinha duas filhas, recentemente havia terminado o relacionamento e Mariane já vinha relatando a amigas que ele a ameaçava. Ela nunca procurou a Polícia Civil.

O crime

Evandrios Martins dos Santos admitiu ter matado mãe e filha no quarto andar do Edifício Paraguay, na manhã do dia 25 de abril. Um dos vizinhos, que mora em frente ao apartamento das vítimas e pediu para não ser identificado, relatou que ouviu os gritos das mulheres e bateu na porta para ver o que ocorria. Quem abriu a porta foi o ex-companheiro de Mariane, que estava com uma faca na mão. Assustado, o vizinho fugiu pedindo por socorro.

Alguns minutos depois, Evandrios bateu à porta de uma vizinha no terceiro andar pedindo para que ela cuidasse das duas filhas do casal. De acordo com a testemunha, que também não quis se identificar, ele aparentava estar perturbado.

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