Polícia



Caso Ilza

Um dos réus por assassinato de idosa em Porto Alegre tem júri adiado 

Ex-porteiro do prédio de aposentada, morta em 2008, apresentou novo defensor; outros dois serão julgados nesta quarta-feira 

23/05/2018 - 10h42min


Leticia Mendes
Mauro Vieira / Agencia RBS
Crime ocorreu em apartamento no 14º andar de prédio, na Avenida Borges de Medeiros

Um dos réus que responde pela morte da idosa Ilza Lima Duarte, 77 anos,  ocorrida em Porto Alegre, há dez anos, teve o júri adiado. Paulo Giovani Lemos da Silva, que trabalhou como porteiro no prédio da vítima, deveria ser julgado na manhã desta quarta-feira (23) com outros dois réus. 

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No entanto, uma nova defesa, que substituirá a Defensoria Pública, acabou se apresentando. Segundo o Tribunal de Justiça, o advogado informou que não teve tempo de estudar o processo. Uma nova data deverá ser definida para o julgamento do ex-porteiro. 

— É lamentável, mas a nossa legislação comporta essa possibilidade — observou o promotor de Justiça André Martinez.

Além de Silva, respondem pelo assassinato da idosa Pablo Miguel Scher, que era auxiliar de serviços no prédio da vítima, e a mulher dele, Andreia da Rosa, que trabalhava como empregada doméstica no mesmo condomínio. Eles serão julgados nesta quarta-feira. A Defensoria Pública é responsável pela defesa dos dois. 

Para a acusação, os três cometeram o crime a mando de um casal, que era vizinho e amigo íntimo de Ilza. O Ministério Público argumenta que Roberto Petry Homrich e Maria Fernanda Corrêa Homrich planejaram a morte da vizinha como forma de antecipar o recebimento de bens. Eles eram herdeiros de cinco apartamentos da vítima — após a morte, renunciaram a herança.

O casal Homrich deve ser julgado em outra sessão, já que possui recursos tramitando em instância superior. A defesa do casal informou que não está autorizada a se manifestar. A Defensoria Pública só deverá falar após o julgamento. 

Reprodução / Ver Descrição
Ilza atuava em atividades da Igreja Anglicana

O caso 

Ilza Lima Duarte, 77 anos, foi encontrada morta dentro de seu apartamento na Avenida Borges de Medeiros, no centro da Capital, em 15 de fevereiro de 2008. O caso inicialmente foi tratado como morte natural. No entanto, um mês após a morte, amigas da vítima pediram uma cópia da certidão de óbito e descobriram que ela tinha sido estrangulada. O caso acabou culminando no indiciamento e na acusação de cinco pessoas pela morte da aposentada. Os cinco são réus no processo e respondem em liberdade.

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