Polícia



Litoral Norte

Atirador que matou estudante estava irritado por não ter sido convidado para festa, diz delegada

Jovem de 19 anos foi morto com disparo na frente de colegas em Capão da Canoa

31/10/2018 - 21h54min

Atualizada em: 31/10/2018 - 21h55min


Vitor Rosa
Vitor Rosa
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Matheus Meneguzzi Rosa dos Santos, 19 anos, foi assassinado com um tiro

A confusão que culminou no assassinato no estudante Matheus Meneguzzi Rosa dos Santos, 19 anos, em uma confraternização de estudantes do 3º ano da Escola Estadual Luiz Moschetti, em Capão da Canoa, na madrugada de domingo (28), teria começado por um motivo fútil. A irritação do atirador por não ter sido convidado para a comemoração é o motivo trabalhado pela investigação da Polícia Civil.

Milton Girardi dos Santos Neto, 19 anos, foi preso na noite de terça-feira (30). Ele foi identificado como o atirador pelos participantes da confraternização. Conforme a delegada Sabrina Deffente, as testemunhas ouvidas até agora — pessoas que estavam na festa e um adolescente que estava no mesmo carro de Santos Neto — disseram que o jovem detido preventivamente estava descontente por não ter sido convidado. Por isso, acompanhado de outras quatro pessoas, foi até a festa em um i30.

Ao chegarem no local, o grupo que não foi convidado teria sido impedido de entrar e não aceitou. Parte passou a forçar o portão para entrar, enquanto os estudantes tentaram impedi-los. Os invasores acabaram entrando e teve início uma discussão. Durante o bate-boca, Neto teria pego uma arma e atirado contra Santos, que ainda foi socorrido para o hospital, mas não resistir.

— Todas as testemunhas afirmam que ele (suposto atirador) costumava arranjar briga com todo mundo, entrar de furo em festa. Pessoal pediu para saírem, não gostaram, começou briga, confusão e ele acabou atirando no Matheus — resume a delegada Sabrina Deffente.

Outros dois jovens foram presos temporariamente. Um deles depôs e foi liberado, já que teria alegado que ficou no carro durante a confusão. O outro será ouvido na tarde desta quarta-feira (31) e pode ser liberado também.

A polícia quer saber como o suspeito teve acesso à arma. Ele atua em uma empresa de segurança e, por isso, o chefe dele deve ser ouvido na delegacia.


Contraponto

O suspeito ficou em silêncio no depoimento. Procurada por GaúchaZH, a advogada Carmelina Silva, que representa Neto, disse que não irá se manifestar porque ainda não teve acesso ao conteúdo da investigação.


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