Polícia



Investigação

Detentos serão indiciados por matar colega de cela e simular suicídio na Penitenciária de Canoas

Claudio Luiz Oliveira dos Santos, 48 anos, foi encontrado morto no mês de agosto. Foi a primeira morte registrada na prisão desde a inauguração

05/11/2018 - 21h26min


Tiago Bitencourt
Tiago Bitencourt
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A Polícia Civil vai indiciar dois presos pela morte de um apenado dentro da Penitenciária Estadual de Canoas, ocorrida no dia 22 de agosto. Claudio Luiz Oliveira dos Santos, 48 anos, foi encontrado pendurado em uma das grades de uma das celas do módulo três, com um fio enrolado no pescoço. 

Conforme a delegacia de homicídios, os responsáveis pela morte tentaram simular um suicídio, mas, conforme os agentes, de forma grosseira. A investigação apontou que houve luta corporal entre os acusados e a vítima que chegou a ser espancada. A causa da morte foi asfixia.

É aguardado apenas um laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP), que confirma a briga, para a conclusão do inquérito. Dos dois presos apontados como autores do crime, um já está em liberdade. A polícia não divulgará a identidade deles antes do indiciamento. Os dois seriam os únicos responsáveis pela morte. Também não há informações sobre o que teria iniciado a briga. 

O local onde ocorreu a morte é reservado para detentos que respondem por crimes sexuais. No momento do crime havia sete presos na cela. O apenado respondia pelos crimes de furto, arrombamento, porte ilegal de arma e estupro, dentre outros, e foi condenado a sete anos e oito meses de prisão. 

A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) instaurou um processo administrativo para apurar o caso. O prazo de conclusão é de 60 dias, podendo ser prorrogado por mais 30. 

Essa foi a primeira morte dentro do complexo penitenciário desde sua inauguração, em março de 2016.  

Desde então, o presídio registrou uma segunda morte, ocorrida no dia 15 de outubro. Um apenado de 26 anos foi encontrado morto com uma corda presa ao pescoço. Ele respondia por crimes de roubo e estupro e não teve o nome divulgado. Nesse caso, ainda são aguardados todos os laudos da perícia. 


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