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Vale do Taquari

"É incrível que não tenha uma pista", diz mulher de gerente de banco desaparecido

Polícia Civil trabalha com sequestro como principal hipótese para sumiço de Jacir Potrich. Cidade de 6 mil habitantes não registra homicídios há 15 anos e teve um único caso de roubo em 2018

19/11/2018 - 22h30min


Renato Dornelles
de Anta Gorda
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Lauro Alves / Agencia RBS
Adriane segura foto do casal com o filho, hoje com 26 anos. "Por ele ser gerente de banco, sempre tive um certo medo", diz

Casada há 26 anos com Jacir Potrich, gerente do banco Sicredi desaparecido há uma semana em Anta Gorda, a contadora Adriane Balestreri Potrich, 53 anos, não consegue entender o que possa ter ocorrido com o marido. No dia do desaparecimento, como costuma fazer às terças-feiras, ela havia viajado para Passo Fundo, onde o filho do casal, de 26 anos, mora. Antes, de acordo com a contadora, nenhuma anormalidade havia sido percebida na rotina do casal.

— Na terça-feira, nós almoçamos juntos e fomos na casa de um vizinho, que tem um filho de quatro anos que é o xodó do Jacir. Foi tudo normal e tranquilo — explica.

Adriane soube do desaparecimento no dia seguinte, ao ser avisada pelo sobrinho que mora com eles. O jovem disse que o tio não havia dormido em casa. A empregada da família, que percebeu que o quarto do casal estava intacto, confirmou. A contadora, então, tentou ligar para o marido, mas, segundo ela, desde então, todas as chamadas caem na caixa de mensagens.

— A gente não costuma ficar se ligando o tempo todo, pois sempre sabemos onde o outro está. Por ele ser gerente de banco, sempre tive um certo medo, uma angústia de que algo poderia acontecer, mas, graças a Deus, nunca tinha ocorrido. É incrível que não tenha uma pista, um fio de cabelo sequer da criatura em lugar algum — desabafa.



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