Polícia



Luto

Amigos homenageiam PM da reserva morto na zona sul de Porto Alegre

Marcelo Garcez Ribeiro, 54 anos, foi ferido em parada de ônibus no bairro Lami

25/12/2018 - 20h52min


Renato Dornelles
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André Ávila / Agencia RBS
Cavalo "Nico do Pitico", que pertencia a Ribeiro, foi levado ao evento

O domingo (23) que antecedeu o Natal era para ser de festas e churrascadas nos centros de tradições gaúchas (CTGs) do extremo-sul da Capital. No entanto, tradicionalistas dos bairros Restinga, Lami e Belém Novo se reuniram por um motivo triste: prestar homenagem ao tenente da reserva da Brigada Militar (BM) Marcelo Garcez Ribeiro, 54 anos. Baleado na manhã de sexta-feira, ele morreu na madrugada de domingo, no Hospital de Pronto Socorro (HPS).  

O PM da reserva foi ferido na cabeça e no tórax em parada de ônibus do bairro Lami, na Zona Sul. As circunstâncias do crime ainda estão sendo investigadas. Conforme o Comando de Policiamento da Capital (CPC), Ribeiro teria visto uma “desordem” na rua e decidido intervir. Dois homens não teriam gostado da intromissão e atirado nele. Atingido por três tiros, o tenente foi levado em estado grave ao HPS. 

Um dos atiradores também foi ferido e encaminhado para atendimento. De acordo com o comandante do CPC, coronel André Luiz Nickele Córdova, outro suspeito foi identificado pela BM.

— Temos indicativos testemunhais claros e definidos. É uma pessoa conhecida por seus crimes no bairro e ligada a facção criminosa da Restinga. Tem duas páginas de ocorrências das mais variadas, de tráfico a porte de armas — afirma o comandante do CPC. 

O caso será investigado pela 4ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa.

Paixão

Arquivo pessoal / Arquivo pessoal
PM da reserva cultuava a cultura do Estado

O tradicionalismo era uma das paixões de Ribeiro. Fazia parte do CTG Guapos da Restinga, do qual já foi patrão. No final da tarde de domingo, outros integrantes do mesmo centro de tradições e de outros da região  reuniram-se no CTG Porteira da Restinga. 

Programavam uma cavalgada que acompanharia a condução do corpo do policial da reserva até o Cemitério Jardim da Paz, no bairro Lomba do Pinheiro, na Zona Leste, para velório e sepultamento. O cavalo de Ribeiro, chamado de Nico do Pitico, foi levado para a despedida. 

— Era uma pessoa excepcional. Muito justo — descreve o mecânico Silon Rosa da Silva, 55 anos, também adepto das tradições gaúchas e seu amigo de infância. 

Outros integrantes lembraram a participação ativa de Ribeiro em eventos anuais como a Semana da Restinga e a Semana Farroupilha. 

— Era muito apaixonado pelo tracionalismo e pela comunidade — relembra o amigo Ernani Silveira, 63 anos, patrão do Piquete Galpão da Querência.     

O PM da reserva estava separado e deixa um filho.


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