Polícia



Violência

Em 12 dias de dezembro, 14 criminosos foram mortos pela Brigada Militar

No caso mais recente, na Serra, três perderam a vida após confronto com a corporação

13/12/2018 - 21h30min

Atualizada em: 13/12/2018 - 21h30min


Hygino Vasconcellos
Hygino Vasconcellos
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Diogo Zanatta / Especial
Em Ibiraiaras, seis criminosos foram mortos em mata após confronto

A morte de 14 criminosos nos 12 primeiros dias de dezembro fez a Brigada Militar superar a média mensal do ano de óbitos de civis em confrontos. Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP), foram 63 registros de janeiro a junho deste ano, o que representa 10,5 mortes por mês. Em todo o 2017, foram 92 óbitos, o que significa 7,6 casos mensais.

Na comparação entre o primeiro semestre deste ano com mesmo período do ano passado, o aumento é de 31,25% nos registros — de 48 para 63. Por outro lado, houve queda de 11% no número de civis feridos em ocorrências, de 119 para 106.

Dos 14 mortos em dezembro, seis são os criminosos que assaltaram dois bancos em Ibiraiaras, no norte do Estado. Segundo a corporação, houve troca de tiros em um matagal e os ladrões foram baleados, sem tempo para socorro. No cálculo, não foi contabilizada a morte de um refém, o subgerente do Banco do Brasil Rodrigo Mocelin da Silva, 37 anos, uma vez que ainda não se sabe de que arma partiu o disparo que o matou.

O último caso ocorreu na noite desta quarta-feira (12), quando um PM — suspeito de integrar quadrilha de assaltantes — foi morto por colegas da BM durante cerco na BR-116, no limite entre Nova Petrópolis e Caxias do Sul. Outros dois assaltantes morreram no confronto.

— Tivemos morte de um refém, que nós lastimamos obviamente, e a morte de treze criminosos ou ao menos suspeitos. Em certos momentos, quando há um enfrentamento em que criminosos armados e a força policial armada não tem outra alternativa senão matar ou morrer, infelizmente é assim — disse o secretário da Segurança Pública, Cezar Schirmer, em evento nesta tarde na Capital.

— E no que tem acontecido aqui no Rio Grande do Sul, nos últimos dias, não é ordem do secretário, do comando da Brigada ou de quem quer que seja, de matar pessoas. Obviamente que não é essa a orientação. Houve combate, e obviamente tem que ser saldado, a Brigada tem melhor pontaria do que os criminosos — complementa.

Cronologia


- 3 de dezembro: Sete pessoas foram mortas neste dia, em duas situações diferentes. O primeiro caso ocorreu às 18h30 em Gravataí, na Região Metropolitana. Neste caso, três homens foram presos e um homem foi morto  Após uma perseguição policial. Segundo a BM, os quatro participaram de um assalto a uma loja de equipamentos eletrônicos.
Mais tarde, seis criminosos que atuaram no assalto a dois bancos foram mortos em Ibiraiaras.

- 5 de dezembro: Quatro suspeitos foram mortos após uma perseguição em Arroio dos Ratos, na Região Carbonífera. Os quatro baleados – que tinham entre 15 e 19 anos – chegaram a ser levados para o hospital, mas não resistiram.  De acordo com a BM, uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (BOE) estava na região e recebeu informações de que um grupo iria atacar um banco na cidade. 

- 12 de dezembro:  Três assaltantes envolvidos em um roubo a residência na localidade de Mato Perso, no limite entre Caxias do Sul e Farroupilha, na Serra, morreram em confronto com a Brigada Militar na final da noite desta quarta-feira (12), na BR-116, em Nova Petrópolis. Eles estavam escondidos em um matagal desde terça-feira (11).  Um dos mortos é policial do próprio batalhão dos agentes que o mataram. Segundo a BM, ele estava envolvido com a quadrilha. Dos quatro presos, um também era soldado da corporação.


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