Polícia



Região Noroeste

Delegado e promotor afirmam que ossada encontrada é de contadora desaparecida em Palmeira das Missões

Restos mortais de uma mulher foram localizados no limite com o município de Condor um ano após o sumiço

21/01/2019 - 21h59min

Atualizada em: 21/01/2019 - 22h08min


Leticia Mendes
Palmeira das Missões
Arquivo pessoal / Divulgação
Sandra Mara Lovis Trentin sumiu em 30 de janeiro de 2018

Uma ossada localizada na manhã desta segunda-feira (21) deve ser a resposta para o mistério sobre o caso do sumiço da contadora Sandra Mara Lovis Trentin, em Palmeira das Missões, na Região Noroeste, quase um ano depois do desaparecimento. Conforme o Ministério Público e a Polícia, os restos mortais seriam da mulher.

O cadáver foi encontrado em um matagal próximo de uma lavoura de soja, no limite com o município de Condor, a cerca de 40 quilômetros de onde ela desapareceu em 30 de janeiro do ano passado. Conforme o delegado Carlos Beuter, junto ao corpo havia documentos pertencentes a Sandra.

—A camisa feminina era a mesma do último vídeo em que Sandra aparece, no dia que desapareceu. E os documentos, eram cartões de banco e de planos de saúde, todos em nome de Sandra Mara Lovis Trentin — explica o delegado.  

De acordo com Beuter, as roupas já foram reconhecidas por um familiar de Sandra na Delegacia de Polícia no fim da tarde desta segunda-feira (21).

Segundo o promotor Marcos Eduardo Rauber, a ossada foi encontrada por um morador que passava pelo local. Ela estaria parcialmente enterrada. Junto ao corpo estariam roupas semelhantes às que a contadora usava na manhã em que sumiu. A análise pericial deverá indicar se o cadáver é de Sandra.

— Para nós, isso só vem a comprovar o que sempre dissemos, que a Sandra está morta. Uma mulher com o perfil dela não abandonaria a família assim e ficaria sem dar notícias. Agora, quase um ano depois, chegamos a esse desfecho — afirmou Rauber.

De acordo com o promotor, a análise pericial também deverá indicar a causa da morte. O crânio não tinha nenhum ferimento visível, e o corpo está esqueletizado, indicando que a vítima foi morta há muito tempo.

—  O restante da ossada estava enterrada e talvez tenha aparecido em razão do tempo, da água ou até da ação de algum animal — declarou Rauber.

O marido da contadora, Paulo Ivan Landfeldt, é réu apontado como mandante do crime, e Ismael Bonetto, que está preso, seria o autor do assassinato, conforme o Ministério Público. Os dois são acusados, mas negam a acusação.

Landfeldt chegou a ser preso, mas foi solto. Os dois respondem por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Bonetto ainda responde por extorsão. O caso aguarda decisão judicial sobre pronúncia ou não dos réus.


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