As mulheres não são as únicas vítimas em potencial de falsos militares norte-americanos. Há pouco mais de duas semanas, em meu perfil em umas das redes sociais, recebi um convite de amizade de suposta soldado do exército dos Estados Unidos. O nome do perfil é Melita Sandra. Já imaginando que se tratava de golpe, aceitei.

Até então, não imaginava que o golpista, seja homem ou mulher, agisse com tanta precipitação. Na primeira mensagem, com certas confusões de gênero (possivelmente por ter usado tradutor online) a pessoa mostrou-se extremamente grata por eu ter aceito o convite. A partir da segunda, “já estava apaixonada”. 

Confira alguns trechos:

“Oi querido, obrigado por aceitar meu pedido de amizade. Você parece bonita, espero que possamos ser bons amigos, se você não se importar. Eu sou um cidadão dos Estados Unidos, atualmente moro no Afeganistão, onde fui designado para o meu dever.”

“Pode parecer muito louco para você, porque acabamos de nos encontrar aqui, mas é apenas a verdade. Então eu preciso da sua sinceridade e confiança, honestidade e amor, cuidado e compreensão.” 

“Quero que você saiba que sinceramente tenho sentimentos profundos de estabelecer um forte relacionamento com você.”

“Pode ser uma loucura dizer isso, mas honestamente acho que estou apaixonado por você e gostaria de ter você como meu marido porque precisava de alguém para ser o pai da minha filha.” 

Até a tarde dessa quarta-feira (30), os únicos pedidos que havia recebido foram para que enviasse foto e de casamento. Mas, se desse sequência à conversa, viria a solicitação de depósito de algum valor. A reportagem bloqueou o perfil na rede social e informou à Polícia Civil.