Polícia



Coincidência

Homem é preso ao tentar aplicar golpe usando nome da própria vítima

Preso de Charqueadas deu azar ao tentar comprar videogame mediante fraude conhecida como do falso depósito

20/02/2019 - 22h30min


GZH
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Um suspeito de estelionato foi preso na tarde da última segunda-feira, no bairro Santa Tereza, zona sul da Capital, ao tentar concretizar um golpe em que,  sem que ele soubesse, foi usado o nome da própria vítima. Douglas dos Santos Freitas, 28 anos, teria participado de um esquema conhecido como falso depósito — quando o suposto comprador falsifica 28 anos, teria participado de um esquema conhecido como falso depósito — quando o suposto comprador falsifica um comprovante de pagamento via depósito bancário. 

A coincidência que resultou na prisão teve como ponto de partida a publicação, em um site de compra e venda, de um videogame Playstation 4. O aparelho foi oferecido por um morador de Novo Hamburgo que, para anunciar, usou a conta de sua mulher. 

De acordo com a Polícia Civil, o preso Jonathan Bueno Ribeiro, 23 anos, que está na Penitenciária Estadual de Charqueadas (PEC), ao ver a oferta do videogame no site, entrou em contato, supostamente com a dona da conta, para adquirir o aparelho. Para tanto, usou uma identificação falsa.

Para azar do golpista — que está preso por latrocínio e homicídio—, o nome usado é o do morador de Novo Hamburgo que fez a oferta via conta da mulher. Desconfiado, o dono do videogame então procurou a Polícia Civil, que passou a monitorar o caso.        

Seguindo instrução dos agentes, o vendedor fechou negócio com Jonathan, que, por mensagem de celular, lhe enviou um falso comprovante de depósito. Coube a Douglas buscar o aparelho. No momento em que ele receberia o produto, foi surpreendido pelos policiais e preso em flagrante. 

De acordo com o que apurou a investigação, o esquema é comandado por Jonathan, de dentro da PEC. Todos os contatos com a vítima em potencial foram feitos por ele. Além disso, o detento teria ainda falsificado o recibo por meio de um software e orientado Douglas a buscar o aparelho.  

Para aprofundar as investigações, a Polícia Civil pretende ouvir áudios com conversas entre o preso e as vítimas. A administração da PEC vai ser acionada para solicitar uma vistoria na galeria visando o recolhimento do celular usado na tentativa de golpe.   

Segundo a delegada Raquel Peixoto, Jonathan e Douglas fazem parte de uma quadrilha que teria praticado diversos golpes. Outras vítimas estão sendo identificadas. Ela explica que os criminosos utilizam dados obtidos ilegalmente para abrir perfis em redes sociais e habilitar chips telefônicos.

Para não cair no golpe, a delegada aconselha que vendedores só entreguem o produto após se certificar que o valor do depósito foi creditado na conta bancária.


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