A Polícia Civil já ouviu cinco pessoas para tentar esclarecer os fatos que levaram à morte do advogado Gabriel Pontes Fonseca Pinto, 28 anos, na Cidade Baixa, em Porto Alegre, na tarde de terça-feira (26). Testemunhas do crime e familiares da vítima prestaram depoimento na 1ª DP durante o dia. Os investigadores também solicitaram imagens de câmeras de segurança da Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC) e da Brigada Militar. 

O crime aconteceu por volta das 16h, na esquina das ruas Lima e Silva e Alberto Torres. Fonseca foi atingido por pelo menos dois tiros e morreu durante atendimento no Hospital de Pronto Socorro (HPS). 

A polícia trabalha com duas linhas de investigação: latrocínio (roubo com morte) e homicídio. A primeira hipótese, no entanto, vem perdendo força. Os policiais encontraram R$ 860, 00  com a vítima, além de um celular e uma pasta de processos. O fato de os pertences e o dinheiro não terem sido levados chamou atenção dos investigadores. Isso pode ter acontecido porque a vítima reagiu, segundo relatos de testemunhas. 

Conforme a Polícia Civil, as características fogem do padrão dos assaltos no bairro. Geralmente, os criminosos que agem em motocicletas não costumam retirar o capacete para cometer o crime. Imagens das câmeras de segurança mostram o autor dos disparos estacionando o veículo, tirando o capacete e indo em direção da vítima com o rosto descoberto.  Os assaltantes também costumam agir em dupla. Um para guiar a moto e outro armado para realizar o roubo. Neste caso, o suspeito agiu sozinho e deixou a moto ligada, o que é atípico. 

Gabriel não possuía antecedentes criminais. O corpo do jovem foi sepultado na tarde desta quarta-feira (27) no Cemitério São José, em Porto Alegre.