Polícia



Feminicídio

Mulher é encontrada morta dentro de carro no norte do RS

Vítima foi identificada como Clarice Aparecida da Silva, 40 anos

19/05/2019 - 22h11min


Hygino Vasconcellos
Hygino Vasconcellos
Enviar E-mail
Polícia Civil / Divulgação
Amarok estava em uma lavoura na localidade de Linha Bela Vista

Uma mulher foi encontrada morta dentro de um carro em Linha Bela Vista, no interior de Ronda Alta, no norte do Estado. A vítima foi identificada como Clarice Aparecida da Silva,  40 anos. O corpo dela tinha marcas de tiros. 

Conforme a delegada Rita Felber de Carli, o veículo — uma Amarok de cor prata — foi localizado no começo da tarde de sábado com as duas portas abertas e com a chave na ignição em meio a uma lavoura. O corpo de Clarice estava no banco do carona. Uma bolsa feminina foi localizada do lado de fora do carro. 

Em depoimento à polícia, o marido de Clarice (a delegada recusou-se a informar o nome dele) relatou que ela acordou cedo, tomou café da manhã e saiu por volta das 9h. Antes de deixar a residência, disse que voltaria em seguida e pediu para que ele fizesse um chimarrão. Próximo do meio-dia de sábado (18), preocupado com a demora, o marido acionou a Brigada Militar, que começou a fazer buscas.

O carro da mulher foi localizado no pátio de um restaurante, que fica no trevo de acesso ao município de Três Palmeiras. Os policiais passaram a procurar nas estradas próximas ao local onde o veículo da vítima foi encontrado. Em Linha Bela Vista, perceberam indícios de que um veículo havia invadido uma lavoura e encontraram a caminhonete com a  mulher já sem vida.

A Amarok onde ela estava é de outro homem, que ainda não foi localizado. Conforme a delegada, um advogado procurou a polícia e informou que ele iria se apresentar. Mas, até as 16h30min deste domingo o proprietário do automóvel, que é apontado como suspeito do crime, não tinha comparecido à delegacia. 

O corpo de Clarice foi sepultado neste domingo em Três Palmeiras, cidade vizinha de Ronda Alta. A mulher trabalhava como vigilância em uma agência bancária do município. Ela deixa uma filha de 19 anos. 

O crime é tratado pela polícia como feminicídio — quando uma mulher é morta pela condição de gênero. 


MAIS SOBRE

Últimas Notícias