A Polícia Civil prendeu, na manhã desta quinta-feira (2), três suspeitos de uma execuçãoocorrida no mês passado no bairro Farrapos, zona norte de Porto Alegre. Durante a investigação, agentes da 2ª Delegacia de Homicídios também descobriram que moradores da região foram ameaçados de morte pelos criminosos se testemunhassem sobre o crime.

Com o trio, detido em flagrante, foram apreendidas duas armas e mais de 400 tipos de munição de uso restrito das Forças Armadas.

Conforme a polícia, houve uma briga entre dois homens, moradores de uma rua do bairro Farrapos, no dia 13 de abril. Ambos com antecedentes criminais.

Um deles, que seria integrante de uma facção criminosa, acionou um comparsa. O homem chegou ao local e desferiu oito tiros contra Guilherme Rodrigues, 21 anos, que morreu no local. 

Segundo a delegada Roberta Bertoldo, responsável pelo caso, a dupla acionou, no dia seguinte, uma mulher que seria responsável por coordenar a venda de drogas na região. Armados, os três teriam passado a intimidar e ameaçar todos os moradores que presenciaram o fato para que não testemunhassem sobre o crime.

Roberta disse que são pelo menos 10 pessoas e que nenhuma delas quis prestar depoimento. Mesmo assim, os agentes obtiveram provas sobre indícios da participação dos três no homicídio e na coação. Foram solicitados à Justiça três mandados de prisão preventiva, mas eles foram indeferidos, sendo concedidos apenas mandados de busca.

Na manhã desta quinta, nos bairros Rubem Berta e Navegantes, também na Zona Norte, a polícia prendeu em flagrante os três investigados durante o cumprimento das ordens judiciais. Com eles, foram apreendidos duas armas, munição de pistola .40 e drogas.

A delegada diz que os três – que não estão tendo os nomes divulgados porque a polícia ainda quer saber se há mais envolvidos nas ameaças aos moradores – vão responder por homicídio (os dois homens) e coação de testemunhas (os três).

GaúchaZH entrou em contato com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça. Segundo informação repassada, o processo tramita na 3ª Vara do Júri do Foro Central de Porto Alegre e está, por enquanto, em segredo de justiça até o cumprimento e resultado das medidas de busca e apreensão que foram deferidas. Um contraponto só será divulgado após comunicado oficial destas medidas.